A semear horizontes: leituras literárias na formação da infância, Argentina e Brasil (1915-1954).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Soares, Gabriela Pellegrino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-06062003-191230/
Resumo: Esta tese discute, de forma comparada, a construção de um espaço de produção e circulação de obras literárias para crianças na Argentina e no Brasil, entre 1915 e 1954. O tema das leituras infantis ganhou importância nesses contextos, alimentado, entre outros fatores, pelo diálogo com referências e iniciativas observadas no exterior, pelo desenvolvimento e segmentação do mercado editorial, e pela expansão e diversificação das instâncias para debate e ação educacionais. Os problemas centrais da investigação referem-se ao papel atribuído às leituras literárias na formação infantil e à natureza dos repertórios que se quis proporcionar, para além dos textos escolares, a esse público. Nesse sentido, a análise privilegia as perspectivas que orientaram o trabalho de autores de literatura infantil argentina e brasileira, bem como o de mediadores dedicados a promover e prescrever a leitura de determinadas obras – não restritas às origens nacionais –, a partir dos meios educacionais, bibliotecários e editoriais. Com freqüência, essas perspectivas entrecruzaram-se com os princípios de educação integral, tributários da moderna pedagogia ou da escola nova, os quais valorizavam a literatura como meio de formação da criança. Se tais interseções foram um alento para a difusão, nos dois países, das leituras literárias na infância, marcaram também, em boa medida, o perfil das obras nacionais publicadas e as atitudes mediadoras. Poucos escritores chegaram a destacar-se em cenários onde brilhavam clássicos da literatura infantil estrangeira, profusos sobretudo na Argentina. No Brasil, todavia, despontou Monteiro Lobato.