Padrão de atividade física, comportamento sedentário e fatores associados na população adulta de Ribeirão Preto, SP-2006 - Projeto OBEDIARP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Suzuki, Claudio Shigueki
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-30112011-090315/
Resumo: Objetivos: Identificar o padrão de atividade física (AF) e de tempo sentado (TS), bem como os fatores associados, na população de 30 anos e mais, residente no município de Ribeirão Preto-SP, Brasil, em 2006 e comparar dois critérios utilizados para a classificação do padrão de AF: International Physical Activity Questionnaire - (IPAQ) e American College of Sports Medicine/American Heart Association (ACSM/AHA). Métodos: Estudo epidemiológico transversal, de base populacional, com processo de amostragem desenvolvido em três estágios. A variabilidade introduzida na terceira fração de amostragem foi corrigida pela atribuição de pesos amostrais, que levaram em consideração a taxa de não resposta e o número de unidades elegíveis em cada domicílio, originando uma amostra ponderada de 2197 participantes. Para avaliar o padrão de AF e do TS, utilizou-se o Questionário IPAQ (versão curta). Para identificar fatores associados ao padrão de AF, aplicou-se o modelo de regressão de Poisson, obtendo-se razões de prevalência, por pontos e por intervalos com 95% de confiança, em modelos uni e multivariados. Para a identificação dos fatores associados ao TS foram construídos modelos de regressão linear múltipla, obtendo-se os coeficientes angulares (?) e respectivos intervalos, com 95% de confiança, em modelos uni e multivariados. Todas as estimativas foram calculadas levando-se em consideração o efeito do desenho amostral. Para a comparação entre os critérios do IPAQ e do ACSM/AHA, utilizou-se a estatística Kappa, estimada por pontos e por intervalos com 95% de confiança. Resultados: Na amostra do estudo, 62,5% dos homens e 67,9% das mulheres apresentaram \"prática insuficiente\" de AF. Diferentes variáveis permaneceram associadas à \"prática insuficiente\" (PI) nos modelos finais. No sexo masculino, permaneceram: \"nº de horas de trabalho/dia\", \"nº de medicamentos consumidos nos últimos 15 dias\" e \"saúde auto-referida\". No sexo feminino, permaneceram: \"nível educacional\" e \"renda\". Em relação ao tempo sentado, em quase todas as categorias das variáveis estudadas, os homens apresentaram valores médios de TS maiores que as mulheres, sendo que, para o conjunto dos homens, a média diária foi 306,2 minutos e, para as mulheres, 270,3 minutos. Na análise multivariada permaneceram associadas ao TS as seguintes variáveis: \"sexo\", \"anos de escolaridade\", \"hábito de fumar\", \"gasto metabólico (Mets*min*semana-1)\", \"nº de horas de trabalho/dia\" e \"nº de antecedentes de obesidade\". As prevalências de prática suficiente de AF foram, em geral, discretamente mais elevadas quando aplicados os critérios do ACSM/AHA, em relação ao do IPAQ. A estatística Kappa indicou acordo satisfatório entre estes critérios (Kappa?1), em ambos os sexos, sendo os coeficientes gerais kmasc=0,95 (IC95% 0,83-1,06) e kfem=0,93 (IC95% 0,85-1,01). Conclusões: Os critérios do IPAQ e do ACSM/AHA apresentaram praticamente a mesma capacidade de classificação dos participantes quanto aos níveis de AF. Os resultados indicaram prevalência de PI e média de TS elevadas na população. As associações encontradas reforçam a necessidade de implantação de Programas específicos de promoção da prática de AF e diminuição do TS, tendo em vista que diferentes conjuntos de fatores permaneceram associados a estes desfechos. Tais Programas podem contribuir para a adoção de um estilo de vida saudável, bem como para a prevenção de doenças crônico-degenerativas nesta população.