Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pantaleon, Lorena de Paula |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-14032022-145914/
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Resumo: |
A atrazina é um dos herbicidas mais utilizados no Brasil e no mundo. Este praguicida e seus metabólitos são encontrados em águas superficiais e subterrâneas nas localidades em que seu uso é mais frequente. No organismo animal, a atrazina causa diversos efeitos tóxicos, que incluem alterações neuroendócrinas, comportamentais e no desenvolvimento de estrutura sexuais em machos, em fêmeas e na prole exposta. Porém, existe uma escassez de estudos em relação aos efeitos no indivíduo adulto que foi exposto na puberdade a atrazina. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos da exposição à atrazina durante a puberdade e estudar na idade adulta o comportamento sexual de ratos machos e fêmeas, bem como analisar os efeitos nos níveis de monoaminas e seus metabólitos cerebrais. Para isso, os animais foram expostos à diferentes doses de atrazina (10, 30 ou 100 mg/kg) por via oral do dia pós-natal 22 ao 41 (período equivalente a adolescência) e foram avaliados o consumo de água e ração e o ganho de peso durante o tratamento e na idade adulta: o peso corporal e relativo de órgãos sexuais, rins, adrenais e fígado, o índice gonadossomático e os níveis de monoaminas cerebrais e seus metabólitos no córtex pré-frontal, hipotálamo, no hipocampo e no corpo estriado em ambos os gêneros; em machos, a coordenação motora pelo teste da marcha, a motivação sexual, ereção peniana e o comportamento sexual; e em fêmeas, o comportamento sexual em estro fisiológico e farmacológico e a avaliação do ciclo estral. Os resultados mostraram comprometimento do comportamento sexual de machos evidenciados pelo aumento na latência para a primeira ereção peniana e diminuição no número de intromissões após a ejaculação; aumento do peso corporal em machos e fêmeas e do peso relativo dos rins em machos e do fígado em fêmeas; alterações nos sistemas dopaminérgico, noradrenérgico e serotoninérgico em todas as estruturas analisadas e em ambos os sexos. Esses dados em conjunto sugerem que a atrazina tem efeitos deletérios e duradouros sobre os sistemas monoaminérgicos cerebrais em ambos os sexos; em machos esses efeitos foram acompanhados por alterações no início e manutenção do comportamento sexual. A atrazina também mostrou causar comprometimentos metabólicos em ambos os sexos, evidenciados por influência direta sobre o peso corporal e peso relativo dos rins e fígado. |