Adaptação cultural, avaliação semântica, análise descritiva e propriedades psicométricas do Incivility in Nursing Education - Revised (INER) Survey com estudantes brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ribeiro, Vanessa dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-09032023-090038/
Resumo: O objetivo deste estudo foi validar o Incivility in Nursing Education - Revised (INE-R) Survey de Clark©, 2014, com estudantes brasileiros de graduação em enfermagem. Realizado em uma escola paulista, constou de três etapas: adaptação cultural, avaliação semântica e análise descritiva e das propriedades psicométricas do instrumento adaptado. A adaptação cultural contou com a tradução, síntese das traduções, retro tradução, análise por comitê de especialistas e apresentação da versão final à autora do survey. A avaliação semântica para o idioma português do Brasil com a população-alvo seguiu o método DISABKIDS® adaptado para o Brasil pelo Grupo de Pesquisa sobre Medidas em Saúde (GPEMSA CNPq). A terceira etapa analisou as propriedades psicométricas de 24 itens relacionados a comportamentos de estudantes e igual número relacionado a comportamentos de docentes; foram avaliados quanto à validade de construto, por Análise Fatorial Confirmatória, sendo analisados os índices de ajuste 2/GL, RMSEA, NFI, CFI e TLI (NNFI); fidedignidade, pelo teste-reteste para verificação da reprodutibilidade calculada Coeficiente de Correlação Intraclasse e pelo Coeficiente alpha de Cronbach. A parte final do survey consta de questões, que foram analisadas quanto à frequência e tipos de respostas e alcance dos propósitos do instrumento. Os resultados obtidos retratam a construção de uma versão traduzida com poucas divergências da versão original; a avaliação semântica apontou os itens de dificuldade pelos estudantes e sugestões no layout, sendo feitos ajustes em três itens. A versão final adaptada à cultura brasileira foi aprovada pela autora da versão original. A validação de construto evidenciou ajuste ao modelo proposto da Análise fatorial confirmatória, com dois fatores (baixa e alta incivilidade) e para todos os itens referentes ao professor; para os itens relativos aos comportamentos dos estudantes, apenas o valor de ajuste ao modelo RMSEA não foi satisfatório, destacando-se três itens com baixa carga fatorial. Os valores das medidas de ajustes, para os itens correspondentes a comportamentos de estudantes e de professores, respectivamente, foram: 2/GL de 3,461 e 1,957; p-valor 0,000 e 0,000; CFI 1,000 e 1,000; TLI 1,000 e 1,000; NFI 1,000 e 1,000; RMSEA 0,091 e 0,044. O ICC foi 0,53 (-0,02-0,78); a consistência interna foi de 0,94 (0,93;0,95) para os itens de estudantes e de 0,97 (0,97;0,98) para os de professor. A análise descritiva das questões finais mostrou serem as mesmas adequadas para identificar se a incivilidade se apresenta como problema para o curso de enfermagem, os agentes dos comportamentos incivis, o nível de incivilidade, as estratégias para elevar o nível de civilidade. As questões abertas propiciaram a identificação, pelos participantes, de exemplos de comportamentos de incivilidade na instituição, da causa de incivilidade, das consequências desses comportamentos e maneiras de promoter civilidade acadêmica. Ainda, no teste reteste, essas questões evidenciaram ser estáveis. Conclui-se que o INE-R survey versão brasileira apresentou fidelidade; quanto a validade, a AFC reiterou a proposta do modelo original para os itens relacionados a professores e sugerimos a revisão de três dos itens relacionados aos estudantes (itens 1, 5 e 15).