Adiponectina modifica a resposta à suplementação de ômega-3 em humanos com fatores de risco cardiovascular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Barbosa, Milena Maria de Araújo Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-25112015-101332/
Resumo: INTRODUÇÃO: Ácidos graxos ômega-3 (-3) apresentam características cardioprotetoras e seu baixo consumo tem sido associado ao aumento da resistência insulínica e à baixa concentração de adiponectina no sangue. OBJETIVO: Testar se a suplementação com -3 melhora o perfil cardiometabólico em humanos com fator de risco cardiovascular e se a concentração basal de adiponectina modifica a resposta a essa suplementação. MÉTODOS: Neste ensaio clínico, duplo-cego, placebo-controlado e paralelo, distribuímos aleatoriamente 80 indivíduos nos grupos -3 (suplementado com 3,0 g/dia de óleo de peixe, contendo 37 por cento de ácido eicosapentaenoico [EPA] e 23 por cento de ácido docosahexaenoico [DHA]) e placebo (3,0 g/dia de óleo de girassol, contendo 65 por cento de ácido linoleico), ambos suplementados durante dois meses. Avaliamos concentração sérica de adiponectina e leptina, perfil lipídico e de apolipoproteínas, LDL eletronegativa, marcadores inflamatórios (interleucinas 2, 4, 6, 8 e 10, MCP1, IFN- e TNF-) e metabolismo glicídico (glicose e insulina), adotando nível de significância de 5 por cento . RESULTADOS: No momento basal, os grupos -3 e placebo foram semelhantes quanto ao sexo, idade (média de 52,0 anos), raça, estado civil, trabalho, escolaridade e renda. Após intervenção, o grupo -3 aumentou a concentração sérica de adiponectina. No geral, as citocinas apresentaram redução após intervenção em ambos os grupos; IL-10 foi a única cuja concentração média aumentou, no grupo -3, mas, sem diferença significativa entre os grupos. Ao estratificar os indivíduos do grupo -3 segundo concentração basal de adiponectina, aqueles com menores concentrações tiveram maior redução de colesterol total, LDL, LDL/HDL, LDL/Apo B e LDL(-). Indivíduos que apresentaram maior variação da concentração de adiponectina reduziram a glicemia. CONCLUSÕES: A suplementação com -3 melhora o perfil cardiometabólico e aumenta a concentração sérica de adiponectina em indivíduos com fatores de risco cardiovascular. Indivíduos com baixa concentração basal de adiponectina são mais beneficiados pela ingestão desses ácidos graxos.