Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Campos Júnior, Flávio Ferraz de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-28032016-145505/
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Resumo: |
A contaminação de equipamentos e materiais hospitalares por microrganismos potencialmente infecciosos e altamente resistentes aos antibióticos incitam grupos de pesquisa e industrias ao redor do mundo a produzir novos materiais, e que estes possuam propriedades capazes de inibir ou eliminar (quase que completamente) a permanência desses patógenos sobre sua superfície. O objetivo deste trabalho foi avaliar a citotoxicidade da liga níquel-berílio quando em contato com as cepas bacterianas de Staphylococcus aureus (ATCC 25932), Staphylococcus epidermidis (ATCC 12228), Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853), Klebsiella pneumoniae (amostra clínica) e Escherichia coli (ATCC 11775), após diferentes períodos de incubação, e em contato com a linhagem celular NCTC Clone 929, célula de tecido conectivo de camundongo. Para realização destes ensaios, foram confeccionados corpos de prova da liga níquel-berílio, com aproximadamente 10,0 mm e diâmetro e 3,0 mm de espessura. Para metodologia de citotoxicidade as células bacterianas preparou-se um inóculo bacteriano de 109 Unidades Formadoras de Colônia por mililitro. Para cada bactéria, um inóculo bacteriano foi preparado e deste, 40 μl foram aplicados em um swab estéril e espalhado no corpo de prova, onde foram introduzidos em placas de Petri, deixados a temperatura 20°C, por diferentes períodos de exposição (1, 3, 6, 9, 12, 18, 24 e 72 horas). Este teste foi realizado em triplicata. Após cada período de tempo, os corpos de prova eram pressionados contra o meio de cultura Agar Mueller-Hinton, em dez diferentes pontos da placa. O método de difusão em Agar foi utilizado para verificar a citotoxicidade da liga níquel-berílio à linhagem celular NCTC clone 929. Os resultados obtidos demonstram uma maior resistência a liga níquel-berílio das bactérias gram-positivas (S. aureus e S. epidermidis) quando comparadas com as gram-negativas (P. aeruginosa, K. pneumonia e E. coli). Destas últimas citadas, a E. coli foi a única que sobreviveu até a sexta hora de exposição, quando em contato de uma hora com o corpo de prova. Todavia, os S. aureus e S. epidermidis foram capazes de resistir até a décima segunda hora em contato com a liga níquel-berílio. Contudo, a partir deste período de incubação, nem mesmo os estafilococos toleraram a presença desses íons. Quando analisados os resultados de citotoxicidade, a liga não apresentou qualquer efeito citotóxico as células NCTC clone 929, sendo classificadas como índice de zona (IZ) zero. Os dados obtidos demonstram que a liga possui propriedades antibacteriana contra as células bacterianas testadas e que não possui nenhum efeito tóxico à linhagem celular NCTC clone 929. Além disso, a liga NiBe mostrou-se mais citotóxica contra as bactérias gram-negativas. |