Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Togna, Dorival Júlio Della |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-21052012-090538/
|
Resumo: |
Introdução: A Insuficiência Mitral (IM) crônica orgânica tem fisiopatologia complexa. Os sintomas de insuficiência cardíaca e piora da capacidade funcional, podem aparecer apenas tardiamente, quando já existe disfunção contrátil do ventrículo esquerdo (VE). O teste cardiopulmonar de exercício (TCPE) pode avaliar objetivamente a capacidade funcional e auxiliar a conduta médica nos pacientes com IM, mas, pouco se conhece sobre o efeito da cirurgia em suas variáveis. Objetivos: Avaliar os efeitos da correção cirúrgica da IM nas variáveis do TCPE realizados em bicicleta e em esteira rolante. Métodos: Foram selecionados 72 pacientes com IM grave e submetidos à cirurgia corretiva da valvopatia, sendo nestes realizados ecocardiograma (ECO) e TCPE ± 30 dias antes da cirurgia, e de seis a 12 meses após a cirurgia. Resultados: A média das idades foi de 49,9 ± 16,9 anos. Houve predominância do sexo masculino, da etiologia degenerativa e da classe funcional I ou II pela NYHA em 41 pacientes (56,9%), 50 pacientes (69,4%) e 51 pacientes (70,8%), respectivamente. O reparo mitral foi realizado em 47 pacientes (65,3%) e a troca valvar em 25 pacientes. Após a cirurgia houve redução do volume atrial esquerdo (VAE), de 124,4 ± 58,9 ml para 76,4 ± 34,0 ml (p<0,001), do volume diastólico final do VE (VDFVE), de 151,7 ± 35,7ml para 109,6 ± 42,8 ml (p<0,001), do volume sistólico final do VE (VSFVE), de 47,6 ± 18,0 para 43,9 ± 27,1ml (p<0,001), da fração de ejeção (FE), de 69,1 ± 6,3 para 61,30 ± 8,2% (p<0,001) e da pressão sistólica em artéria pulmonar (PSAP), de 46,7 ± 15,9 para 35,4 ± 12,5 mm Hg (p<0,001). Também foi observado uma diminuição do consumo de oxigênio (VO2) pico em ambas as modalidades de exercício após a cirurgia (bicicleta: de 1356 ± 506 para 1269 ± 408 mL.min-1, p=0,015; esteira: de 1618 ± 579 para 1536 ± 447 mL.min-1, p=0,06), assim como a variável OUES (bicicleta: de 1530 ± 516 para 1414 ± 415, p=0,001; esteira: de 1761 ± 585 para 1691 ± 508, p=0,050). O pulso de oxigênio (O2) aumentou após a cirurgia apenas no TCPE realizado em esteira, de 10,7 ± 4,0 para 11,5 ± 3,2 mL.bat-1 (p=0,023). No TCPE realizado em esteira, a diferença percentual do OUES apresentou significativa correlação negativa com a diferença percentual do VDFVE (r=-0,277; p=0,034), do VAE (r=-0,275; p=0,035) e da PSAP (r=-0,282; p=0,041), respectivamente. No TCPE realizado na bicicleta, a diferença percentual do OUES revelou correlação negativa apenas com a diferença percentual da PSAP (r=-0,359; p=0,010). Conclusão: A cirurgia valvar mitral, não determinou aumento do VO2 pico e do OUES apesar da melhora sintomática avaliada pela classe funcional (NYHA). Entretanto, a variável OUES apresentou correlação negativa com parâmetros ecocardiográficos de remodelação cardíaca. O TCPE é uma ferramenta útil e promissora, podendo auxiliar na conduta médica em pacientes com IM. |