Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Alcantara, Liem Hani da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-15122022-182300/
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Resumo: |
A tragicidade permite ser um canal comunicante entre o romance português, Xerazade e os Outros - Romance/Tragédia em forma de (1964) , de Fernanda Botelho e o brasileiro, As horas nuas (1989), de Lygia Fagundes Telles, por seu objeto que, não necessariamente possível, mas crível, nasce da tensão entre o ser e o mundo. É nesse estado de não-estar ou de não-poder-estar, ou, ainda, não-ser que as personagens vivenciam seus papéis.São pelas ações, especificamente pelos discursos praticados (monólogo ou diálogo interiores), que elas se descobrem e legitimam a metamorfose de personagem em personalidade. É pela palavra que as personagens re-criam seu mundo ou reformam sua visão distorcida de mundo, isto é, é pela Arte que elas engendram um novo olhar ou uma nova realidade.Assim, é que, Rosa Ambrósio, em As horas nuas, preenche de significado seu tempo vazio; que o gato Rahul conhece a si e aos outros através das migrações temporais; que a analista Ananta Medrado rompe com a lógica e se encontra na loucura. Ainda, é pela mesma rota que, em Xerazade e os Outros - Romance/Tragédia em forma de, Maria Luísa rompe com a cancela que a prende a tudo que representa seu esposo (big boss); que Gil Dinis dá significado ao seu olhar compromissado, até então, com a banalidade; que Alberto Fontinhas arquiteta seu mundo consciente, mesmo que anemicamente.Enfim, instrumentalizadas de uma apurada técnica de organização literária e utilizando-se de estruturação anti-linear, seja pela multiplicidade de vozes, seja pelo fluxo-de-consciência, que Fernanda Botelho e Lygia Fagundes Telles, conseguem superar as limitações do discurso tradicional e proporcionar aos romances, Xerazade e os Outros - Romance/Tragédia em forma de e As horas nuas, uma força criativa excepcional, a ponto de torná-los num mecanismo de luta contra o cotidiano banalizado e do non-sense |