Das três estrelas à pirâmide: um estudo das personagens femininas em As três Marias de Rachel de Queiroz e As meninas de Lygia Fagundes Telles

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Soares, Daniela Rezende
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-21022019-130209/
Resumo: A leitura inicial de As três Marias (1939), de Rachel de Queiroz, e As meninas (1973), de Lygia Fagundes Telles, evidencia o emprego de um recurso de composição semelhante aos dois romances, que consiste na utilização de tríades de personagens femininas centrais que atuam como as protagonistas dos fatos narrados; sendo, no primeiro caso, o trio de figuras composto por Maria Augusta, Maria José e Maria da Glória, e, no segundo, Lorena, Lia e Ana Clara. Esta dissertação propõe a análise dos aspectos formais, como o estudo das personagens, o foco narrativo e as questões de tempo e de espaço, e de conteúdo relacionados às referidas tríades, argumentando que a utilização desse recurso permite às duas autoras representarem possibilidades diversas da existência feminina em meio à sociedade brasileira das décadas de 1930 e 1970, épocas nas quais ocorre a publicação dos romances. Parte-se do pressuposto de que essa construção triádica das personagens se constitui como um dos aspectos estruturantes centrais às obras, podendo ser considerado como o elemento que permite à Rachel de Queiroz e à Lygia Fagundes Telles trabalharem os conteúdos de caráter feminino e feminista observados nas narrativas. Após os capítulos dedicados à análise e interpretação dos romances sob a perspectiva da teoria literária, como forma de conclusão é apresentada uma leitura comparativa entre as obras, no sentido de demonstrar não somente as semelhanças existentes entre os textos, mas principalmente as suas diferenças fundamentais.