Jacob Ruchti, a modernidade e a arquitetura paulista (1940-1970)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Ruchti, Valeria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-06092011-103101/
Resumo: Jacob Ruchti, a modernidade e a arquitetura paulista (1940-1970) analisa individualmente, pela primeira vez, o envolvimento do personagem Jacob Ruchti no movimento estéticosócio- cultural paulista. Nascido na Suíça em 1917, Ruchti formou-se arquiteto pela Universidade Mackenzie em 1940. A abordagem destaca sua contribuição pioneira para a semeadura e consolidação do pensamento moderno na sociedade paulista, no que se refere ao surgimento da arte abstrata, ao nascimento do design e à criação do campo de arquitetura de interiores. Arquiteto, designer e professor, foi um estudante ousado e em grande parte autodidata. Dentro de um contexto social em busca de valores modernizantes, desde jovem defendeu uma visão além da mera funcionalidade na arquitetura ou do simples formalismo na arte, enriquecendo suas idéias pela vivência e aspectos culturais, sociais, psicológicos e, mais tarde, envolvendo a consideração simbólica. Com ampla formação cultural, esteve entre os fundadores do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), do Museu de Arte Moderna (MAM) e do Instituto de Arte Contemporânea (IAC), a primeira escola de design do Brasil, ao lado de Lina e Pietro Maria Bardi (1951). Articulador no movimento artístico paulista atuou nas primeiras bienais de São Paulo, nas montagens ou como membro do júri internacional. Como professor da FAU/USP, de Composição Decorativa (1954-1961), desenvolveu conceitos bauhausianos fundidos à idéia do design moderno brasileiro, o que significou um avanço, também no nome da Cadeira, que passou a chamar-se Desenho Industrial, em 1962. Ao questionar os valores modernistas, antes de seus colegas, combinou a fluência orgânica de Frank Lloyd Wright com a contemporaneidade industrial de Richard Neutra e Marcel Breuer, que aplicou em projetos de arquitetura. Nos anos 50, ao lado de arquitetos igualmente de menor visibilidade no cenário paulista do período (Aflalo, Chen, Croce, Forte, Millan), destacou-se na criação de um mobiliário moderno, e de alta qualidade com a loja Branco & Preto, inovador à época. Finalmente, permeada por um olhar peculiar, será levantada e recuperada, a partir dos anos 60, sua fase projetual arquitetônica, enfocando principalmente os interiores, momento em que projetou para segmentos diversos como bancos, lojas, restaurante, hotéis, escritórios, consultório e dezenas de espaços internos residenciais. Aprimorando-se na exploração máxima dos materiais e de novas tecnologias, utilizando o espírito investigativo nos campos existencial e psicológico como parte integrante do processo da elaboração arquitetônica, passou a introduzir expressividade formal e introspectiva, com base em André Bloc e Frederick Kiesler combinada à arte concreta, na criação de espaços escultóricos internos. Esta pesquisa apresenta a trajetória do universo profissional e acadêmico do arquiteto.