Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Scinachi, Claudia Araujo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-07062022-133842/
|
Resumo: |
A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é uma zoonose transmitida por vetores que tem como agente patogênico, bactérias da espécie Rickettsia rickettsii. Na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), o vetor incriminado na transmissão é o carrapato Amblyomma aureolatum, que depende de características ambientais típicas do bioma Mata Atlântica para sobreviver. Cães domésticos são os principais hospedeiros do estágio adulto do carrapato em áreas de matriz urbana próxima a áreas de mata fragmentada, e participam do ciclo da doença ao carrear carrapatos infectados da mata para o ambiente antrópico. Além disso, são hospedeiros amplificadores do agente e contribuem para o aumento do número de carrapatos infectados na natureza. Com o objetivo de elucidar as lacunas em relação a FMB na RMSP, o presente estudo testou a hipótese de que cães domésticos atuariam como hospedeiros amplificadores da bactéria R.rickettsii para carrapatos da espécie A. aureolatum após um segundo contato com o agente. Os resultados mostraram que apesar de apresentarem uma resposta imunológica, com aumento no título de anticorpos, os cães não foram capazes de gerar novas linhagens de carrapatos infectados. Esse estudo determinou, por meio de modelagem espacial, quais as áreas mais ou menos propensas a apresentarem casos de FMB levando em consideração as condições necessárias para ocorrência do vetor A. aureolatum e os aspectos ecológicos que facilitam a interação do vetor com seus hospedeiros no ambiente. As variáveis ambientais de altitude e temperatura mostraram-se de maior influência para a distribuição do vetor enquanto o aumento do perímetro de borda e redução de áreas de mata favorecem a ocorrência de casos de FMB. Este estudo traz novos dados sobre a ecoepidemiologia da Febre Maculosa Brasileira no Estado de São Paulo e chama atenção para a importância dos cães domésticos no ciclo da doença que ocorre na Região Metropolitana do estado. Ações de prevenção com foco na população de cães se mostram de extrema importância para a redução da incidência da doença e melhoria das condições de saúde da população. |