Relações de gênero na infância: uma experiência na escola democrática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Borges, Divimary
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-18102016-143044/
Resumo: Esta pesquisa procurou entender como as crianças de uma escola particular com princípios democráticos na cidade de São Paulo constroem suas interações de gênero, tanto nos momentos livres como nos períodos de estudo. O trabalho parte da hipótese de que um espaço pedagógico libertário pode criar possibilidades de construção de um caminho promissor na busca por relações sociais infantis que não siga padrões binários sexuais rígidos, que são predominantes na sociedade e na maioria das escolas contemporâneas. Considerando a autonomia e o respeito à individualidade das crianças como princípios básicos destas pedagogias com princípios progressistas, buscamos observar quais eram as concepções de feminilidade e masculinidade no ambiente escolar pesquisado, e também, em que momentos os pertencimentos de gênero foram flexíveis nas escolhas individuais e coletivas, se causavam distanciamentos ou aproximações, conflitos ou parcerias, assim como se serviam de delimitadores de espaço e de tempo. Por meio das abordagens dos Estudos Sociais da Infância e dos Estudos sobre as Relações de Gênero, essa pesquisa de campo foi realizada no primeiro semestre de 2014, com 21 alunos e alunas entre 6 e 21 anos. Apesar da pouca permeabilidade nas relações simbólicas e práticas de gênero entre estes estudantes, os resultados apontam para um ambiente aberto a novas construções e ressignificações devido a permanente transitoriedade de pesquisadores e estagiários, assim como de alunos, alunas, educadores e educadoras. A abertura às novas aprendizagens e a novas formas de se pensar, assim como a abertura do espaço educacional para a comunidade, proporciona debates e reflexões, o que são fatores que podem motivar uma nova forma de lidar com o conhecimento e, consequentemente, a desconstruir concepções que causam desigualdades sociais.