Avaliação da função visual infantil a partir de solução automatizada de rastreamento ocular baseada em vídeo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lima, Diego da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-13062024-113449/
Resumo: A avaliação visual infantil é geralmente feita através da técnica de olhar preferencial (PL), na qual um observador treinado registra fixações do olhar da criança a estímulos variando em alguma dimensão de interesse como contraste ou frequência espacial. Apesar da popularidade da técnica, ela apresenta algumas limitações, como a impossibilidade de tornar o observador cego à condição testada, a variabilidade entre exames realizados por diferentes observadores, e a falta de controle preciso sobre parâmetros do estímulo. O objetivo principal do presente trabalho é desenvolver uma solução de software para avaliação da acuidade visual (AV) de grades utilizando vídeooculografia. Crianças entre 336 meses passaram por avaliação da AV pelo procedimento proposto e pelo procedimento clássico de olhar preferencial dos Cartões de Acuidade de Teller (TACII). O paciente, acomodado no colo da mãe ou responsável, observa os estímulos no monitor de vídeo enquanto uma câmera registra seus movimentos oculares em tempo real. A tarefa proposta consiste na apresentação de um padrão gradeado de frequência espacial variável que aparece contra um fundo cinza, do lado esquerdo ou direito da tela, aleatoriamente, durante um segundo. Um total de 38 pacientes foram examinados com sucesso pelos dois procedimentos. O resultado do procedimento proposto se mostrou positivamente relacionado com o resultado do procedimento TACII ( = 0,25 p = 0,02). Uma relação positiva entre a idade do participante e o valor de AV medido pelo teste de vídeooculografia também foi constatada ( = 0,018 decremento na medida em logMAR por mês de idade p < 0.001). A diferença média do valor de AV medido pelos testes, entretanto, não foi nula, mas de 0,38 logMAR (IC = 0,270,48 logMAR t=7,11 p < 0.0001). Diferenças metodológicas como tempo de apresentação do estímulo e engajamento da criança com a tarefa podem explicar as discrepâncias. A despeito destas diferenças, foram encontradas relações positivas entre a idade dos participantes e o valor de AV medido, bem como entre os valores medidos com as duas técnicas, o que sugere que o teste consegue capturar a dinâmica de desenvolvimento da AV.