Gestão de requisitos subjetivos, estudo de caso  do aprimoramento do interior do Legacy 500

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Castro, Alessandra Frediani Dias de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-28112018-153228/
Resumo: Diversos aspectos subjetivos influenciam o cliente no momento da aquisição de um produto. Estética, qualidade percebida e conforto são alguns deles, se o produto não atender às expectativas do cliente relacionadas a isto, corre o risco de se tornar um fracasso de vendas. Os objetivos do produto, quanto aos aspectos subjetivos, denominam-se requisitos subjetivos e são estabelecidos na primeira etapa do desenvolvimento de um novo produto (NPD). Tratá-los como imutáveis ao longo do NPD não condiz com a realidade atual de velozes mudanças. A literatura ainda é inexpressiva em relação à gestão das mudanças dos requisitos subjetivos. Este trabalho busca mostrar a importância de gerenciá-los ao longo de todo o NPD. Quanto mais longo for o ciclo desse processo, maior a chance de que os requisitos precisem ser revistos. Este estudo de caso, do interior do jato executivo Legacy 500, mostra algumas das consequências resultantes da falta de um processo para gerenciar os requisitos subjetivos. Os possíveis impactos estão relacionados com atrasos tanto no próprio projeto do produto em questão, como nos produtos que seriam desenvolvidos na sequência com o mesmo corpo de engenheiros, projetistas e designers e o aumento considerável de custos. Os resultados desta pesquisa apontam fatores internos e externos que podem afetar os requisitos subjetivos e sua gestão. Os internos estão relacionados à estratégia e ao posicionamento da marca, ao processo de gestão, à estrutura organizacional e à competência do(s) decisor(es) em design de produto, além de um profundo conhecimento do mercado e de quem é o potencial cliente, tanto por parte do decisor estratégico, quanto do time operacional. Já os externos estão relacionados às mudanças no mercado, aos novos produtos, às novas tecnologias e aos novos desejos/necessidades dos clientes. Diferentes sistemas, podem sofrer influência destes fatores, de distintas maneiras, no caso de um produto complexo. Também se dedica atenção ao processo decisório relacionado aos requisitos subjetivos, colaborando com a teoria e com a prática desta gestão, sugerindo um modelo que deixa evidente a importância do veículo de análise utilizado e das características do decisor. A natureza subjetiva de muitos aspectos do design do produto parecem conduzir a uma decisão do tipo intuitiva, diretamente relacionada com a experiência formal e profissional do(s) decisor(es). A representatividade do veículo de análise utilizado na avaliação dos requisitos subjetivos precisa ser a maior possível em todos os seus aspectos, já que o ser humano utiliza de todos os seus sentidos para formar a percepção que tem sobre um produto. O protótipo ou outro veículo de análise deve estar completo. A avaliação de partes em separado não gera a mesma percepção que sua avaliação como um todo. Materiais de acabamento, volumetria, resistência e rigidez de mecanismos e de componentes, interfaces, funcionalidades, temperatura, iluminação, ruídos e músicas são alguns dos exemplos que interferem na formação da percepção correta sobre o produto. Um produto que não é atraente para o cliente, não é lucrativo para a empresa. Por isso, gerenciar requisitos subjetivos é vital para a saúde do negócio.