Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Modena, Diego Ferreira Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-01032018-152830/
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Resumo: |
O exame ultrassonográfico costumava ocupar um papel secundário na avaliação dos campos pulmonares, devido à barreira representada por este tecido aerado à propagação dos feixes ultrassônicos. No final da década de 90, sua aplicabilidade para avaliar o pulmão foi impulsionado devido ao reconhecimento de diferentes artefatos de reverberação gerados a partir de um pulmão normalmente aerado e quando este se apresenta com o interstício e/ou alvéolos infiltrados. Por ser um exame de baixo custo, livre de radiação ionizante, poder ser realizado em posição ortopneica e poder ser realizado à beira do leito, a avaliação ultrassonográfica do tórax ganhou notoriedade na área do intensivismo. Objetivou-se neste estudo avaliar a aplicabilidade e os aspectos do exame ultrassonográfico na avaliação de campos pulmonares de cães sadios e com edema pulmonar cardiogênico agudo. Foram avaliados 20 cães sadios e 10 cães com insuficiência valvar mitral em edema pulmonar agudo, de raças e idades variadas, machos e fêmeas. Todos os cães foram submetidos a exames físicos, radiográficos, ultrassonográficos e ecocardiográficos. Os animais doentes foram avaliados em três momentos: T0 (na admissão), T1 (4 horas após o início do tratamento) e T2 (24 horas depois). A ausculta, a avaliação radiográfica e o exame ultrassonográfico do tórax foram realizados de forma setorizada, com base no protocolo de avaliação ultrassonográfico dos campos pulmonares denominado de Veterinary Bedside Lung Ultrasound Exam (VetBLUE), entre o 2° e 3°, 4° e 5°, 6° e 7°, 8° e 9° espaços intercostais, nos hemitórax esquerdo e direito. Para cada região associou-se um escore de acordo com a alteração observada e um escore final para cada modalidade de avaliação. Nos cães do grupo controle foi fácil o reconhecimento do deslizamento pleural e do artefato de reverberação causado pela superfície pleura- pulmão (linhas A), exceto no 2º-3º espaço, onde houve maior dificuldade na observação dessas características. Sete cães do grupo controle (35%) apresentaram linhas B durante a avalição, porém geralmente o artefato foi observado em apenas um espaço intercostal e no máximo duas linhas por campo. Esse artefato foi mais observado no hemitórax direito e a região mais acometida foi o 8º e 9º espaço intercostal, porém sem diferença estatística significativa. No grupo com edema, na primeira avaliação do exame ultrassonográfico todos os pacientes apresentaram linhas B em grande quantidade. As avaliações aos exames físico, radiográfico e ultrassonográfico apresentaram um comportamento semelhante ao longo do tempo, demonstrando um escore menor naqueles animais responsivos ao tratamento. A concordância intraobservador para o exame ultrassonográfico foi elevada, o que demonstra uma boa repetibilidade do método. Por meio de uma avaliação segmentada de algumas janelas acústicas pode-se obter uma avaliação do tórax do paciente em um tempo curto, melhorando-se a tomada de decisões no atendimento emergencial. Contudo, esta técnica não exclui a avaliação por outras modalidades de imagem (exame radiográfico e tomografia computadorizada), e deve representar uma triagem para aqueles pacientes com síndromes respiratórias agudas. |