Como inserir recursos energéticos importados no planejamento energético nacional? Modelo de determinação de recursos energéticos para a integração energética transnacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Vinícius Oliveira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3143/tde-19012023-091237/
Resumo: Como inserir recursos energéticos importados no planejamento energético? Esta pergunta fundamenta o objetivo desta tese - desenvolver um modelo de avaliação de recursos energéticos (RE) disponíveis na geografia e no tempo, que permita satisfazer a demanda interna planejada de um país e apresentar excedentes, possibilitando a exportação de longo prazo, de modo a ser internalizado no planejamento energético (PE) de um país importador. Com este objetivo, o modelo desenvolvido é aplicado dentro do contexto da integração energética transnacional dos países da América do Sul (IET-AS), considerando os seus potenciais energéticos, características socioambientais e políticas energéticas endêmicas, a fim de determinar os RE disponíveis para a IET de longo prazo na região. A metodologia empregada está calcada na revisão bibliográfica do estado atual da IET-AS e na revisão bibliométrica e sistemática dos modelos e ferramentas de PE existentes. A partir dessas revisões, elementos-bases e gargalos existentes são iluminados e um modelo de avaliação de REs importados é construído. Os resultados das revisões demonstram a existência de infraestrutura de integração transnacional que compreende usinas hidrelétricas binacionais, linhas de transmissão e gasodutos transnacionais. Por outro lado, a IET-AS ainda precisa de uma evolução institucional para soluções rápidas à arbitragem internacional e uma previsibilidade de longo prazo quanto ao acesso e ao fornecimento dos REs. Quanto ao modelo desenvolvido e a avaliação de treze REs, verifica-se que a construção e valoração dos atributos e subatributos não é trivial, pois: há necessidade de ampla base de dados não consolidada para a região ; utilização de dados de entrada de alguns atributos a partir da saída de outros atributos, ou seja, há à necessidade de valoração de todos os atributos e subatributos devido à intersecção entre as diferentes dimensões. Porém, após a valoração de todas as dimensões, os REs podem ser traduzidos em índices ranqueados, variando de 0 a 1, permitindo a comparação entre eles e a identificação do RE que melhor responde às demandas do desenvolvimento sustentável. Portanto, conclui-se que o modelo desenvolvido permite avaliar os REs em todas as dimensões que o desenvolvimento sustentável demanda, podendo ser aplicado não apenas à IET, mas também para um PE exclusivamente nacional, subnacional e de mercado.