Da manutenção à ruptura do silêncio: a cobertura jornalística da Rede Globo sobre os estupros cometidos pelo médium 'João de Deus' 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rosa, Larissa Flávia Monteiro Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27152/tde-18082021-095447/
Resumo: A exibição do depoimento de 4 mulheres que acusaram o médium \"João de Deus\" por abuso sexual no programa Conversa com Bial do dia 07 de dezembro de 2018 provocou uma reação em cadeia. Alguns dias após o programa ir ao ar na Rede Globo, o Ministério Público de Goiás e o Ministério Público de São Paulo já haviam recebido o contato de mais de 500 mulheres que também haviam sido vítimas do médium. Esta pesquisa de Mestrado foi estruturada a partir desse caso, adotando como corpus de análise, além do programa supracitado, uma edição do Altas Horas de 2016 e outra do Fantástico de 2012 sobre o trabalho de João Faria. A partir do material selecionado, proponho uma leitura crítica sobre o processo de cobertura jornalística da Rede Globo tanto sobre o caso quanto sobre o trabalho de João Teixeira de Faria anterior às denúncias, visando trabalhar uma questão central: como o domínio sobre os corpos das mulheres e o domínio sobre o discurso se relacionam e se manifestam em casos de estupro. Para se pensar a construção, manutenção e rompimento do silêncio, serão utilizados autores e autoras da Análise de Discurso em diálogo com pensadoras da condição feminina.