Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Souza, Mariana Passos de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-11042024-090932/
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Resumo: |
O Teste de Progresso (TP) é uma avaliação longitudinal periódica da aquisição de conhecimentos dos alunos de graduação, que pode auxiliar na gestão curricular e na avaliação pessoal. Em 2005, a FMRP-USP passou a aplicá-lo em estudantes de medicina, tentando detectar potencialidades e lacunas no ensino, e permitir que os alunos avaliassem seu aprendizado ao longo dos anos. O estudo objetivou explorar a história do TP na FMRP-USP e os resultados dos testes de progresso de cinco coortes de estudantes, avaliando seu desempenho no teste e comparando com resultados da prova residência médica desta instituição. Consistiu em um estudo descritivo retrospectivo avaliando o resultado do TP de cinco coortes de alunos (2010-2014) que concluíram o curso entre 2015 e 2019. Foram incluídos os alunos que não perderam mais de 4 provas de progresso e que concluíram o curso na sua turma de origem. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Para avaliar as características dos testes, foram obtidos dados de discriminação, dificuldade e confiabilidade das questões de cada grande área. Em relação aos resultados das provas, analisamos as taxas de sucesso por área e comparamos com a progressão da Coorte no curso e nas áreas específicas, utilizando um modelo de regressão linear com efeitos mistos para análise das variáveis. Também, foi realizada a correlação entre os resultados dos alunos do último ano do curso e os respectivos resultados do teste de residência, por meio do coeficiente de Pearson. As taxas de abstenção foram de até 20% nos primeiros anos, com menos de 10% entre os alunos do último ano. Houve ganho de conhecimento significativo (p<0,001) entre os alunos do 1º e 6º ano, com aumento de 30% a 40% nos acertos na comparação entre a média de ingressantes e concluintes, com estes tendo desempenho próximo de 70% da prova. O crescimento ininterrupto no ganho de conhecimento teve início variado entre as Coortes. O número de horas do currículo não teve um impacto significativo nos resultados das aulas: as disciplinas com mais horas não tiveram necessariamente os melhores resultados, mas a introdução das disciplinas esteve relacionada com o aumento do aproveitamento nessa área. A análise macro permite um melhor aproveitamento dos resultados, foi possível observar em quais momentos do curso ocorreram resultados inesperados. Separando os alunos em quartis com base nos resultados do 6º ano e nas notas dos testes de residência, quase metade dos estudantes permanece no mesmo quartil, especialmente os estudantes dos extremos de desempenho. Foi possível observar uma correlação moderada entre as provas do 6° ano e da prova de residência. O TP mostrou-se uma ferramenta muito útil para avaliar a progressão em termos cognitivos, os grupos observados tiveram comportamento semelhante quanto à evolução da nota média ao longo dos anos. O uso sistemático do TP pode auxiliar estudantes no autogerenciamento do desempenho do curso e no planejamento das metas e pode também permitir que gestores de currículo auditem a qualidade das atividades educacionais de suas escolas. |