"Estudo das formas e dimensões transversais dos arcos ortodônticos determinados por meio de três categorias diferentes de pontos de referência"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Kanashiro, Lylian Kazumi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23133/tde-28082006-175941/
Resumo: Verificando a importância da morfologia dos arcos dentários no tratamento ortodôntico, a proposta deste estudo foi avaliar e comparar as formas e dimensões de arcos de 30 indivíduos com oclusão normal e 30 com má-oclusão de Classe IIdivisão 1ª, geradas a partir de três categorias de pontos de referência. Foram demarcados nos modelos de estudo: os pontos médios das faces vestibulares dos dentes (1ª categoria de pontos); pontos no rebordo alveolar, perpendiculares aos anteriores e sobre a junção muco-gengival (2ª categoria de pontos); e pontos mesiais e distais das superfícies oclusais dos dentes. Todos os pontos foram digitalizados e convertidos automaticamente para o sistema de coordenadas x, y e z pela máquina de medidas tridimensional da Mitutoyo (modelo Crysta-Apex/C). Um software, especialmente desenvolvido para este trabalho, criou um conjunto de pontos de referência virtuais (3ª categoria de pontos) a partir dos pontos mesiais e distais das superfícies oclusais previamente demarcados nos modelos, que representou o fundo dos canais de encaixe de braquetes. Além disso, gerou curvaturas por meio de equações matemáticas (parábola, elipse, catenária e função beta) que se ajustaram, pelo método dos mínimos quadrados, às 3 diferentes categorias de pontos de referência, e mediu as dimensões transversais dentárias e dos rebordos alveolares. A seleção da equação matemática que melhor descreveu cada categoria de pontos de referência foi realizada por meio de avaliação do menor valor do erro médio. A curvatura do rebordo selecionada foi deslocada sobre o eixo y até tangenciar o ponto médio virtual do incisivo central mais anterior, simulando a inserção de um arco ortodôntico, e foram medidas as distâncias entre esta curvatura e os pontos médios virtuais dos outros dentes. Todos os dados foram organizados em tabelas de acordo com a categoria dos pontos de referência, os arcos (superior ou inferior) e o tipo de oclusão. Verificou-se que todas as dimensões transversais dentárias e dos rebordos superiores, e posteriores inferiores são estatisticamente maiores nos indivíduos com oclusão normal do que nos indivíduos com má-oclusão de Classe II; e que as distâncias transversais dos rebordos alveolares são estatisticamente maiores do que as dentárias. Quanto às formas dos arcos, a catenária, seguida da elipse, foram as que melhor descreveram as suas curvaturas, independentemente da categoria de pontos e do tipo de oclusão. As outras formas, como a parábola e a gerada pela função beta, foram observadas com baixo percentual de ocorrência. As formas dos arcos não caracterizaram diferencialmente os tipos de oclusão e as 3 categorias de pontos de referência estudadas. Praticamente todos os pontos médios virtuais apresentaram-se internamente posicionados em relação à curvatura do rebordo alveolar quando esta foi deslocada até o ponto médio virtual do incisivo central mais vestibularizado, sendo encontrados valores estatisticamente maiores no arco superior dos indivíduos com má-oclusão de Classe II-divisão 1ª. Este dado revela maior tendência a vestibularização dos dentes superiores nestes indivíduos, quando o rebordo alveolar é utilizado como guia para a construção do arco ortodôntico, embora as diferenças entre os grupos não nos pareçam clinicamente importantes.