O derivado de ftalocianina é menos citotóxico e não influencia negativamente a cicatrização in vitro de feridas comparado à clorexidina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Caíque Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25152/tde-25012023-184430/
Resumo: O uso de substâncias químicas auxiliares no pós-operatório precoce de procedimentos cirúrgicos periodontais é recomendado, uma vez que nesse período o paciente apresenta dor e desconforto e a remoção mecânica de biofilme tem potencial risco de trauma na área operada. O uso de enxaguatório com digluconato de clorexidina (CHX) é considerado padrão ouro no controle químico do biofilme supragengival. Contudo, seu uso pode causar distúrbio e alteração no paladar, ulceração na mucosa e manchamento de dentes; além disso, estudos laboratoriais evidenciam grande citotoxicidade do composto. Os derivados de ftalocianinas (PHY) vêm sendo amplamente estudados em literatura devido seus efeitos positivos associado a Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana (aTFD), apresentando, sobretudo, boa atividade antimicrobiana. Uma classe ainda pouco explorada de PHY é a autoativada, caracterizada por um amplo espectro e ativação na ausência de luz, produtos químicos ou eletricidade, exceto oxigênio molecular. Sendo assim, o objetivo do estudo foi comparar a citotoxicidade in vitro de CHX e PHY e avaliar a influência dos compostos na cicatrização experimental. Diferentes concentrações de CHX e PHY (0,0075% - 0,12%) permaneceram em contato por um minuto com fibroblastos NIH 3T3 sendo avaliada a viabilidade celular pelo ensaio de MTT e cristal violeta (CV); CHX e PHY (0,0075% e 0,12%) também foram avaliadas no ensaio de cicatrização in vitro. A PHY apresentou-se menos citotóxica comparada a CHX, a partir dos ensaios de viabilidade celular. A PHY não interferiu na cicatrização experimental, permitindo a migração celular semelhante ao controle positivo nas duas concentrações estudadas de PHY 0,0075% e PHY 0,12%, a medida em que apenas CHX 0,0075% permitiu a migração de células. Em uma análise comparativa, PHY revelou menor citotoxicidade que CHX, sendo as concentrações de PHY 0,0075% e 0,015% atóxicas mesmo em 48 horas de contato com as células. Podemos concluir que a PHY se apresentou menos citotóxica para fibroblastos NIH 3T3 comparado a CHX, através de dois ensaios para avaliação da viabilidade celular (MTT e CV). Além disso, as diferentes concentrações de PHY não interferiram negativamente na cicatrização de feridas experimentais. Já a CHX permitiu o fechamento apenas em concentrações menores.