Os Akwẽ-Xerente no Tocantins: território indígena e as questões socioambientais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lima, Layanna Giordana Bernardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-11042017-082645/
Resumo: Esta tese analisa os Akwẽ-Xerente no Tocantins: território indígena, as questões socioambientais e as transformações econômicas vivenciadas no território dos Akwẽ-Xerente. As análises sobre as fronteiras impostas pelo processo de colonização no Brasil e aquelas que perduram até os dias atuais nos colocam diante da questão indígena e de toda violência sofrida por esses povos, desde o momento dos primeiros contatos com os europeus. Por outro lado, ao ampliarmos o nosso horizonte de pesquisa e estudo, a chamada questão indígena nos apresenta novos elementos, muitas vezes ignorados nos estudos sobre os indígenas no que se referem à sua capacidade de recriação, de reorganização social e resistência. Em uma perspectiva marxista, considera-se a sociedade capitalista fundada na propriedade privada dos meios de produção e na exploração da classe trabalhadora que, despojada dos meios de produção, é compelida a vender, invariavelmente, sua força de trabalho. E que o papel primordial do Estado é defender os interesses da classe dominante sobre o conjunto da sociedade. Assim, a história de contato interétnico e a conquista do território dos Akwẽ-Xerente, no centro-oeste do estado do Tocantins, são marcadas por grandes conflitos com fazendeiros, grileiros e posseiros. A pesquisa de campo e as análises trazem os encaminhamentos de que os Akwẽ-Xerente estão em uma dinâmica de contradições sob o desafio da permanência da organização política e cultural, da língua entre os jovens indígenas e da sobrevivência econômica e social dentro e fora do seu território. Nessa problemática situa-se as interferências das políticas públicas federais, que incluem novas formas de se relacionarem com o Estado e as mudanças oriundas das pressões exercidas pela cultura de massa capitalista, o consumo invadindo o cotidiano dos Akwẽ-Xerente, as relações de trabalho e o uso do dinheiro, que são reorganizados dentro da cultura indígena que altera o modo de vida destes em um processo de monetarização das relações sociais e da vida. Entretanto, não entendida como relações capitalistas de expropriação e nem de acumulação de bens e de riquezas.