Comportamento silvicultural do Eucalyptus grandis Hill ex Maiden face a classificação pelo tamanho de semente, de plântula e de muda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1984
Autor(a) principal: Coelho, Luiz Carlos Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20210918-211049/
Resumo: Este trabalho teve por fim avaliar o comportamento do <i>Eucalyptus grandis</i> Hill ex Maiden em plantio no campo quando se empregam mudas selecionadas em viveiro. A seleção em viveiro é uma questão das mais controvertidas porque há autores que a condenam enquanto outros são favoráveis a esta prática. Para maior abrangência o trabalho compreendeu a seleção por tamanho de sementes, de plântulas e de mudas. A seleção de sementes foi feita com o emprego de 2 peneiras com malhas de 0,838 mm e 0,686 mm. As de tamanho grande foram retidas pela malha maior, as médias retidas pelas malhas de 0,686 mm e as pequenas passaram por esta peneira. Uma vez separadas as sementes foram semeadas e na idade adequada, tomaram-se algumas amostras das quais foram medidas a altura de todas as plantas. Com base na média, as plântulas foram separadas em plântula de tamanho grande e pequeno. Para este trabalho considerou-se como plântula uma muda bem jovem até a fase de repicagem. Para o transplante usou-se o laminado de pinho, nas dimensões de 24 cm x 14 cm x 1 mm de espessura, como recipiente. A partir desta seleção havia, então, 6 diferentes lotes de mudas no viveiro: 3 procedentes de cada tamanho de semente x 2 oriundos da separação em dois tamanhos de plântulas. Pouco antes do plantio houve uma nova seleção para a separação das mudas em 3 tamanhos: grande, médio e pequeno. Com esta última seleção constituíram-se os 18 tipos de mudas que foram os tratamentos empregados no projeto experimental. O delineamento estatístico adotado foi o de blocos ao acaso, com 3 repetições e 18 tratamentos. Os dados foram tomados logo após o plantio e, depois, a cada período de 30 dias até aos 360 dias de idade. As principais conclusões são: a) A seleção por tamanho de muda foi o resultado mais marcante de todo o projeto, pois do início ao final do estudo, provou ter efeitos altamente significativos sobre o crescimento em altura e diâmetro. b) A seleção por tamanho de semente também apresentou bom resultado, o efeito cessou aos 180 dias, para reaparecer no período final, logo é um fator que apresenta certo dinamismo dependendo de condições favoráveis para se manifestar. c) A seleção por tamanho de plântula, vista isoladamente, foi a pior causa de variação, pois o efeito cessou após a idade de 60 dias no campo. d) Logo após a seleção por tamanho de muda a interação, tamanho de semente x tamanho de plântula, foi a causa de variação que ocupou o segundo lugar em importância neste trabalho. O seu efeito perdurou ao longo de todo o período experimental e é aqui que se pode avaliar o real valor das seleções feitas para tamanhos de sementes e plântulas. Assim, a prática da seleção por tamanho de sementes, de plântulas e mudas deve ser incentivada, junto aos viveiristas, como uma maneira de se obter árvores de melhor crescimento. Recomenda-se que este estudo seja estendido a outras espécies de Eucaliptos normalmente plantados no Estado de São Paulo.