Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Amanda Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42134/tde-07072023-145945/
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Resumo: |
A ampla utilização de nanopartículas manufaturadas de dióxido de titânio (nano-TiO2) em inúmeros produtos de consumo humano, e sua consequente liberação em ecossistemas marinhos, pode representar um risco significativo para organismos aquáticos. Por isso, a avaliação de seu impacto biológico é de grande importância. Os invertebrados filtradores que se alimentam de suspensão, como os moluscos bivalves, representam um grupo-alvo único para a ecotoxicologia, e quando se trata de uma espécie de importância gastronômica, o seu estudo é ainda mais importante, pois ajuda, também, na compreensão da potencial transferência de nanopartículas por magnificação trófica. No presente estudo, o marisco branco (Amarillodesma mactroides) foi escolhido por ser um bivalve com importância gastronômica, amplamente distribuído nas praias do Brasil, Uruguai e Argentina e possuir características que podem bioindicar alterações da qualidade ambiental de onde vivem. Este trabalho teve como objetivo estudar parâmetros da imunidade inata destes animais, por meio da caracterização e contagem diferencial dos hemócitos, e investigar os efeitos agudos da exposição in vitro e in vivo de nano-TiO2 na imunidade celular destes animais. Na exposição in vivo, os mariscos vivos foram expostos à nano-TiO2 nas concentrações de 0,01; 0,1 e 1 mg/L durante 24 e 96 horas, e posteriormente foram realizados testes para a contagem total de hemócitos; e avaliação da capacidade germicida. Na exposição in vitro, os hemócitos foram expostos diretamente às soluções de água do mar com nano-TiO2, nas concentrações de 0,001; 0,01; 0,1; 1 e 5µg/mL por 1 hora seguindo-se de averiguação da capacidade fagocítica dos hemócitos. Na caracterização e contagem diferencial dos hemócitos foi possível observar duas subpopulaçãoes celulares: granulócitos, e hialinócitos, sendo os granulócitos o tipo celular prevalente. A capacidade fagocítica mensurada para esta espécie foi de 41% (± 0,03). Os resultados dos testes de toxicidade com nano-TiO2 demonstraram diminuição significativa na porcentagem de hemócitos vivos após 24h de exposição a 1 mg/L de nano-TiO2, porém não em 96 h. Para os demais parâmetros, não foram observados efeitos imunotóxicos das concentrações testadas de nano-TiO2 tanto nas exposições in vivo, como nas in vitro. O presente trabalho contribui com a expansão do conhecimento existente sobre imunidade bivalve e imunotoxicologia das NPs para uma espécie diferente das comumente utilizadas em estudos similares com nano-TiO2. São necessários estudos adicionais para aprofundar e consolidar a investigação sobre o efeito das nano-TiO2 sobre o sistema imune do marisco branco. |