Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Thais Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.furg.br/handle/1/8254
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Resumo: |
Moluscos bivalves acumulam o cobre (Cu) de forma proporcional à concentração do metal na água. Em animais dulcícolas, a toxicidade aguda do Cu é caracterizada por distúrbios na regulação iônica dos fluídos corporais. Em animais marinhos, esta toxicidade parece estar relacionada a distúrbios no balanço ácido-base e na excreção de amônia. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a importância do manto como via de acumulação do Cu, bem como estudar o envolvimento dos principais mecanismos de transporte iônico envolvidos neste processo e o mecanismo de toxicidade aguda deste metal no marisco Mesodesma mactroides. Para isso, a acumulação in vivo do Cu foi determinada em diferentes tecidos (manto, brânquias, glândula digestiva e hemolinfa) de mariscos expostos (96h) ao Cu (CL20 = 5 µM). Os resultados apontaram o manto como sendo o tecido que mais acumulou Cu. Assim, o envolvimento das proteínas transportadoras de íons na acumulação de cobre e o mecanismo de toxicidade do metal foram analisados em células isoladas do manto. Com base nos resultados obtidos, foi proposto que o influxo de íons nestas células estaria associado à atividade das seguintes proteínas: trocadores Na+/H+ e Cl-/HCO3-, cotransportadores Na+/K+/2Cl- e Na+/Cl-, canal de Na+, Na+/K+-ATPase e anidrase carbônica. Por sua vez, o efluxo de íons envolveria as seguintes proteínas: Na+/K+-ATPase e H+-ATPase e os canais de K+ e Cl-. Com base nestas informações, o efeito do Cu sobre o conteúdo iônico foi avaliado em células do manto expostas ao Cu por 1 h (5 µM) e 3 h (2.5 e 5 µM). Os resultados indicaram uma redução no conteúdo de Cl- nas células expostas a 2.5 µM e de Na+, K+ e Cl- naquelas expostas a 5 µM. Para análise da acumulação in vitro de Cu, as células do manto foram expostas (1 e 3 h) ao Cu (0.5, 1.0, 2.5 e 5.0 µM). Houve acumulação significativa de Cu nas células expostas a 2.5 e 5 µM, em ambos os tempos de exposição. Portanto, o envolvimento dos diferentes mecanismos de transporte iônico na acumulação de Cu foi avaliado em células expostas a 2.5 µM de Cu por 1 h, utilizando-se ferramentas farmacológicas. A inibição da anidrase carbônica ou do canal de Cl- aumentou o conteúdo celular de Cu. Por outro lado, a inibição do cotransportador Na+/K+/2Cl- reduziu a acumulação de Cu. Portanto, conclui-se que o manto é uma importante via de acumulação de Cu no marisco M. mactroides, sendo o cotransportador Na+/K+/2Cl- a principal proteína envolvida na acumulação deste metal. Conclui-se ainda que o mecanismo de toxicidade aguda do Cu está associado a um desequilíbrio da regulação iônica nas células do manto. |