Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Tersarotto, Carlos Henrique |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-29062021-111036/
|
Resumo: |
Surtos de salmonelose e listeriose associados ao consumo de frutas inteiras ou minimamente processadas ocorrem com frequência. O objetivo deste estudo foi investigar a capacidade de adesão e internalização de Salmonella spp. e Listeria monocytogenes em mangas (Mangifera indica) variedade Tommy Atkins, em diferentes condições de contaminação experimental e tratamento hidrotérmico, bem como avaliar a multiplicação dos patógenos internalizados na polpa das frutas durante armazenamento em refrigeração (8oC ) e temperatura ambiente (25oC). O estudo foi conduzido com as cepas S. Enteritidis ATCC 13076, S. Thyphimurium ATCC 14028, L. monocytogenes ATCC 7644 e L. monocytogenes Scott A. Inicialmente as cepas foram avaliadas segundo o índice de hidrofobicidade e capacidade de formação de biofilme em poliestireno. A adesão à superfície da manga foi avaliada por técnicas microbiológicas e também pela técnica de microscopia eletrônica de varredura. A internalização foi avaliada a partir de inoculação na cicatriz do pedúnculo (6 log UFC/mL) e após tratamento hidrotérmico e imersão em solução contaminada (6 log UFC/mL), mantidas a 8 °C e a 25 °C por 24h, 5 e 10 dias. A sobrevivência foi avaliada através da inoculação em região demarcada, em cenário de baixo (2 log UFC/mL) e alto nível de contaminação (6 log UFC/mL), a 8 °C e 25 °C, nos tempos 0, 1, 2, 3, 5 e 10 dias. A adesão foi observada nos dois patógenos, mesmo após sucessivas lavagens, com diferença significativa (p<0,05) após 1h de exposição e observou-se presença de estruturas exopolissacarídicas em diferentes tempos e condições de temperatura. A internalização ocorreu em todas as amostras avaliadas e a região do pedúnculo foi a mais afetada pela contaminação, diferindo significativamente na comparação com a região blossom end (p<0,05) a 8 °C e 25 °C. A sobrevivência foi observada nas duas temperaturas até o décimo dia. A multiplicação a 8°C foi significativamente mais baixa (p<0,05). Os resultados demonstraram que a Salmonella spp e L. monocytogenes são capazes de aderir à superfície, de internalizar e se alastrar pela polpa e ainda sobreviverem por períodos consideráveis, em 8 °C e 25 °C. Esses dados poderão auxiliar produtores e órgãos de saúde no desenvolvimento de avaliações quantitativas de risco e no estabelecimento de medidas adequadas para evitar surtos. |