Territorialidades e redes da migração maranhense para o trabalho nos canaviais paulistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, André Eduardo Ribeiro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-12112012-094627/
Resumo: Os deslocamentos de homens, mulheres e famílias inteiras, moradoras no município de Timbiras/MA para o labor nas atividades da agricultura canavieira no Estado de São Paulo se desenrola por uma série de redes de relações pessoais, que abrange diversos agentes sociais, tanto no Maranhão - no município timbirense e também em municípios vizinhos - como nas duas principais cidades em que residem durante a colheita da gramínea, no Estado de São Paulo: Guariba e Pradópolis. Por meio de testemunhos orais, colhidos no município de Timbiras (MA) e nas cidades paulistas de Guariba e Pradópolis, buscamos compreender as relações entre a rede de informações familiares e as redes territoriais de apoio que fundamentam o processo migratório. A primeira se sustenta a partir de vínculos de reciprocidade nutridos pelos trabalhadores migrantes nos espaços sociais das referidos municípios do Estado do Maranhão e de São Paulo. Já as redes territoriais de apoio dão suporte a essa troca de informações entre os territórios de migração e o dito local de moradia do tronco ou núcleo familiar, no Maranhão nos anos 2000. Essas redes de relações pessoais, fundamentais para alavancar a experiência migratória, se costuram, se refiguram e se fortalecem a partir de múltiplas formas de trocas de informações entre os que migraram e os que não migraram, bem como entre os possíveis migrantes e os agentes responsáveis pelo processo de deslocamento e recrutamento até a área canavieira paulista. Compreende-se que há uma vinculação estreita entre o processo de construção de territórios de migração e a territorialidade experimentada na área de origem, sustentada por redes múltiplas de relações sociais que cimentam estas territorialidades criadas e ressignificadas com a migração.