Avaliação da eficácia anestésica da Mepivacaína na exodontia de molares inferiores com lesão apical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carrocini, Bruno Klouczek
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23147/tde-28112019-122026/
Resumo: Esse ensaio clínico cego, de braços paralelos teve como objetivo avaliar a eficácia da Mepivacaína 2% com noradrenalina 1:100.000, no bloqueio do nervo alveolar inferior, em exodontias simples de molares inferiores com e sem lesão apical. Para isso, oitenta (80) participantes, pacientes do Setor de Urgência da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, com necessidade de exodontia de molares inferiores, foram incluídos em 2 grupos: um com 40 pacientes, que apresentavam dentes molares inferiores com lesão apical e outro sem lesão apical (40), confirmada radiograficamente. Na anamnese, pela Escala Verbal de Dor (EVD) (escore 0 a 3), quantificou-se presença de dor e medicação consumida. Foi utilizado 1,8 mL de Mepivacaína 2% associada à norepinefrina 1:100.000 para bloqueio do nervo alveolar inferior (BNAI), pela técnica pterigomandibular indireta das três posições. O sinal subjetivo de anestesia do lábio e língua, anestesia pulpar e ausência de dor durante o procedimento de exodontia, foram avaliados, respectivamente, por indagação ao paciente, pelo testador elétrico pulpar (TEP) e pela EVD. A anestesia pulpar (AP) foi checada pelo TEP, por duas leituras negativas ao estímulo máximo (80?A) do aparelho. Confirmada a anestesia pulpar, iniciava-se a exodontia. O sucesso do BNAI foi definido como a capacidade de finalizar o procedimento cirúrgico, sem relato de dor (escore 0 ou 1) pelo paciente, enquanto o insucesso foi caracterizado pelo incomodo/dor (escore 2 ou 3) durante a cirurgia, que impedisse a continuação da exodontia. Nesse caso, um segundo tubete foi aplicado por técnica complementar infiltrativa para finalização do procedimento. Na análise estatística utilizou-se o teste QuiQuadrado e Mann-Whitney com nível de significância fixado em 5%. No grupo de dentes sem lesão, a taxa de sucesso anestésico (exodontia) foi de 90% (36*/40) enquanto no grupo com lesão foi de 35% (14*/40). O BNAI foi eficiente para exodontia simples de dentes sem lesão apical, porém insuficiente para os com lesão apical, sendo necessária a complementação anestésica, por infiltração local. A efetividade do bloqueio anestésico parece ser alterada quando há lesão apical (processo inflamatório).