Estudo da resposta imune na injúria renal aguda no modelo de isquemia e reperfusão em animais obesos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Igor Oliveira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-21032024-152112/
Resumo: Introdução: A atual epidemia da obesidade, dado o estilo de vida sedentário e a alimentação intensamente calórica, tem desencadeado consequências à saúde humana como o aumento da incidência de doenças cardiovasculares e metabólicas, assim como maiores chances de agravamento de episódios agudos, como por exemplo, a Injúria Renal Aguda (IRA). O desenvolvimento de IRA está vinculado a um considerável aumento da mortalidade. O objetivo deste trabalho foi estudar a obesidade como fator agravante da IRA e as possíveis vias patológicas responsáveis. Materiais e Métodos: Para tanto, camundongos C57BL/6J foram alimentados com dieta hiperlipídica ou padrão (40% ou 9,5% de calorias obtidas de lipídeos, respectivamente) por 8 semanas. Metade dos animais foram submetidos a cirurgia de isquemia/reperfusão renal por pinçamento bilateral de 30 minutos dos hilos renais e posterior reperfusão. Os grupos Normal, Obeso, Normal IRA e Obeso IRA foram estudados 48 h após a IRA. Resultados: O peso corporal dos animais após 8 semanas apresentou diferença estatística entre os grupos Obeso/Obeso IRA e os gruposNormal//normal/IRA. A mortalidade após a IRA foi de 42% e 25% nos grupos Obeso IRA e Normal IRA, respectivamente; não houve mortes nos grupos que não foram submetidos a IRA. A concentração de NGAL urinário e a presença de necrose tubular no tecido renal estavam significativamente maiores no grupo Obeso IRA. Além disso, foi observado maior infiltrado de macrófagos e maior presença de proliferação celular neste grupo. Os marcadores de estresse oxidativo TBARs e HO-1 também se mostraram aumentados nos animais obesos que sofreram IRA. A expressão de Caspase 3 estava aumentada neste mesmo grupo e expressão de Klotho se encontrava diminuída no grupo Obeso e após a IRA a diminuição foi ainda mais evidente. Conclusão: A obesidade foi um fator agravante para o desenvolvimento da IRA em camundongos. O aumento do estresse oxidativo na obesidade pode ser um dos mecanismos envolvidos na maior gravidade da IRA. A proteína Klotho pode ter um efeito terapêutico no tratamento de IRA em indivíduos obesos