Análise de resíduos de policloretos de bifenila em tecido celular subcutâneo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1989
Autor(a) principal: Brandão, Joselito Bomfim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-09012025-182214/
Resumo: Os policloretos de bifenila (PCBs) são agentes químicos com grande número de aplicações industriais como fluidos em capacitores e transformadores elétricos, fluidos hidráulicos e lubrificantes, plastificantes, tintas, etc. Entretanto, sua maior vantagem a estabilidade química - torna-se um impecilho quando eles são liberados para o meio ambiente; são muito pouco biodegradáveis, acumulando-se nos sedimentos e, a partir daí, via cadeia alimentar, atingem os seres vivos. Inúmeros trabalhos relatam a toxicidade dos PCBs em animais. Seres humanos a eles expostos, quer através de alimento, quer ocupacionalmente,apresentam diversos problemas de saúde. Merecem destaque a hepatotoxicidade, as lesões acneiformes, a maior incidência de melanoma, de neoplasias de pâncreas e de fígado e as diversas alterações congênitas em crianças cujas mães ingeriram alimento com elevados teores de PCBS. Há aproximadamente 20 anos, identificou-se como sendo PCBs uma série de picos que eram interpretados como sendo isômeros e metabólitos de DDT em cromatogramas de análise de praguicidas em peixes, aves e tecidos humanos. Em nosso país, há pouco mais de uma década, uma pesquisa sobre deposição de praguicidas organoclorados em tecidos neoplásicos de mama, com análises efetuadas no exterior, revelou, casualmente, a presença de PCBs nas amostras analisadas. Tal fato evidenciou a necessidade da padronização de uma metodologia para análise de PCBs em tecido humano, que pudesse posteriormente ser utilizada para um levantamento populacional. A metodologia analítica utilizada foi uma composição dos métodos propostos por Wood (34), Erney (7), De Kok e col. (05) e Berg e col. (02) e é resumida a seguir: cerca de um grama de tecido celular subcutâneo foi dissolvido em n-hexano, misturado com Celite e, a seguir, empacotado em uma coluna. Os resíduos de praguicidas organoclorados e de PCBs foram eluídos com dimetil sulfóxido, adsorvidos em coluna de Florisil e recuperados do dimetil sulfóxido por eluição com n-hexano. Este último eluato foi concentrado e os PCBs presentes foram separados dos praguicidas por passagem em coluna de Silicagel. A seguir, o resíduo de PCBs foi decaclorado com pentacloreto de antimônio e o derivado obtido foi extraído com n-hexano e concentrado para análise em cromatógrafo a gás com detector de captura de elétrons com fonte de níquel.