Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Puccini, Camila Citton |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100133/tde-10012023-185402/
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Resumo: |
Diante do atual contexto, em que o padrão de consumo de produtos sustentáveis de moda é crescente, o reaproveitamento de materiais surge como uma alternativa para a redução dos impactos ambientais gerados pelo setor da indústria têxtil e agroindustrial. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi estudar a extração de corantes das cascas de café ( Coffea arabica L.) e caroços de abacate (Persea americana Mill.) para utilização em tingimento de tecido de malha de algodão orgânico. A escolha da casca de café e caroço de abacate se deu pela disponibilidade e composição. Foram utilizados o caroço de abacate como biomordente e o alúmen (KAl (SO4)2.12H2O) e o sulfato ferroso (FeSO4.7H2O) como mordentes metálicos, testados nas massas de 0,06g; 0,09g e 0,12g. Os resíduos escolhidos foram secos em estufa a 35 ºC e moídos. A extração aquosa foi realizada utilizando uma relação de 1:5 (m/v). O extrato foi liofilizado e caracterizado por UV-Vis; FTIR-ATR; determinado o pH; realizado o TG; quantificação de fenóis totais, flavonoides totais, taninos hidrolisáveis, atividade antiradicalar e a atividade antimicrobiana com o fungo Candida albicans SC5314, e as bactérias Staphylococcus ATCC 6532, E. coli ATCC 25922 e P. aeruginosa PAO1 e também por análise cromatográfica por HPLC-UV. Os tecidos tingidos foram analisados e avaliação colorimétrica, ensaios de solidez da cor para suor ácido e alcalino, lavagem e luz UV. Também foi realizado o planejamento fatorial variando as concentrações de biomordente e mordentes. Os resultados das análises dos extratos liofilizados por espectrofotometria UV-Vis identificaram a presença de taninos e compostos fenólicos nas bandas entre 255 e 325 nm. As análises por FTIR-ATR indicaram a presença de grupos funcionais como O-H, =C-H, NH, -C=O, C=C, C-H e C-O. A quantificação para a casca de café e para o caroço de abacate de fenóis totais respectivamente foi 26,4 ± 7,0 mg GAE.g extrato -1 e 242,9 ± 29,8 mg GAE.g extrato -1; flavonoides totais 38,5 ± 3,4 mg rutina.g extrato -1 e 86,0 ± 3,1 mg rutina.g extrato -1; taninos hidrolisáveis 42,6 ± 2,3 mg AT.gextrato -1 e 79,0 ± 3,3 mg AT.gextrato -1; e atividade antiradicalar 22,4 ± 0,7 CI50 (mg.L-1) e 24,8 ± 2,4 CI50 (mg.L-1). A avaliação antimicrobiana não evidenciou um efeito bactericida visto que não foi observada a inibição do crescimento microbiano para as cepas testadas. Quanto a análise cromatográfica por HPLC-UV, foram identificados os ácidos fenólicos, do grupo C6-C1, para a casca de café e 3-O-cafeoilquínico e 5-O-cafeoilquínico para o caroço de abacate. Os tecidos tingidos foram caracterizados por avaliação colorimétrica utilizando sistema CIELAB, os valores de K/S foram de 2,8819 para o pH 5,08 (sem ajuste), de 3,7965 para pH 7 e de 6,9804 e 4,4016 para pH 11. Quanto à solidez da cor ao suor ácido e alcalino a melhor condição foi a 15 e a 25, amostras em pH 7 e 11, com 0,06g de alúmen com nota 4. Para solidez à lavagem, as melhores condições foram com pH 7 e 11, ambos com 0,06g de biomordente de caroço de abacate com nota 4. Para solidez da cor à luz UV os corpos de prova permaneceram por 40 horas no equipamento até atingirem a nota 3. No planejamento experimental e análise estatística segundo os dados obtidos pela ANOVA o erro relativo dos três planejamentos foi de menos de 1%, os ajustes aos modelos propostos foram de: 96,548% para o caroço de abacate, 83,73% para o alúmen e 98,32% para o sulfato ferroso |