Bem-estar e busca de ajuda: um estudo junto a alunos de Medicina ao final do curso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Leão Pereira, Paula Bertozzi de Oliveira e Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-01022011-171145/
Resumo: INTRODUÇÃO: Dúvidas, competitividade e preocupação com o exame de residência geram forte desgaste e insegurança ao final da graduação em Medicina. Nesse período, o bem-estar é particularmente importante para a escolha da especialidade médica e o sucesso nos exames. Entretanto, sabe-se que alunos de Medicina resistem em buscar ajuda, principalmente para aspectos emocionais. Este estudo investigou junto a alunos do 6º ano de Medicina a relação entre bem-estar, percepção de necessidades e busca de ajuda nos recursos institucionais de suporte disponíveis Grupo de Apoio Psicológico ao Aluno (GRAPAL) e Programa Tutores FMUSP. MÉTODO: Utilizaram-se os Inventários de Beck (ansiedade e depressão), o WHOQOLbreve (qualidade de vida) e um questionário sobre percepção de necessidades (psicológicas e acadêmicas) e avaliação do suporte institucional. RESULTADOS: Os alunos referiram boa qualidade de vida (68%), mas apresentaram ansiedade (27%), depressão (20%) e prejuízo na vida social. Um 25% dos alunos reconheceram necessidades psicológicas e 51% deles referiram necessidades acadêmicas. As fontes de suporte mais acionadas durante o curso foram a família e os colegas, seja para necessidades psicológicas ou acadêmicas. Tutores são acionados às vezes pelos alunos, enquanto psicólogos ou psiquiatras são os menos procurados para os dois grupos de necessidades. Apenas parte dos alunos em torno de 1/3 com ansiedade e depressão, ou qualidade de vida ruim, usou os recursos institucionais de suporte. Ser mulher, reconhecer necessidades emocionais e apresentar ansiedade mostraram associação ao uso do serviço de apoio psicológico (GRAPAL). Estar satisfeito com seu tutor, com seu grupo de tutoria e reconhecer mudanças positivas mostraram associação à adesão ao Programa Tutores. CONCLUSÕES: Há diferentes fatores envolvidos na busca de ajuda por suporte emocional especializado (GRAPAL) e por suporte desenvolvimental (Tutoria). A saúde mental constitui aspecto fundamental para a busca de suporte especializado no GRAPAL, mas não apresenta relação com a participação do aluno no Programa Tutores. A compreensão, pelos tutores, de que a adesão ao Mentoring é um comportamento relacionado mais ao desejo do que à necessidade, pode ajudá-los na interação com os alunos, enfocando assim o aspecto central do Programa: o desenvolvimento. Identificar especificidades no uso dos recursos de suporte pode colaborar para o aprimoramento dos recursos de suporte e desenvolvimento de estratégias para sensibilização dos alunos quanto à procura de ajuda durante sua formação acadêmica