Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Maria Fernanda Pinho Leandro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48137/tde-21102020-162709/
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Resumo: |
A presente pesquisa exploratória, de caráter qualitativo, elegeu como tema a Política de Educação Especial em um município do estado de São Paulo. Seu objetivo geral foi registrar e sistematizar as narrativas de jovens tidos como público-alvo da Educação Especial e que frequentaram a rede municipal no período de 2001 a 2018, com alguns intervalos fora da escola. Em função da suposição de que tais jovens teriam deficiência intelectual, foram transferidos da escola regular para escola exclusiva, quando adolescentes. Os procedimentos de pesquisa adotados foram: levantamento das fontes documentais sobre a educação especial no município, bem como dos registros dos estudantes junto à Secretaria Digital. Foram utilizadas ainda duas outras fontes: o relato escrito de uma professora que colaborou desde a fundação da educação especial no município, bem como as narrativas de três rapazes, dois negros e um branco, sobre suas trajetórias escolares, consideradas as seguintes dimensões: a) acesso a currículo; b) relações com educadores/as e com demais educandos/as; c) ampliação da participação social e do exercício da cidadania. A análise das narrativas deu-se a partir da produção de pré-indicadores, indicadores e núcleos de significação. Os resultados foram organizados em torno de quatro núcleos de significação. A partir das memórias dos jovens, é possível afirmar que a experiência escolar foi marcadamente uma experiência de constrangimentos e desinvestimentos em suas potências. Lembremos que, mesmo após anos na escola regular e mais anos na escola exclusiva, nenhum dos três avançou para além do 2o ano da Educação Básica. A diferença, segundo as percepções dos jovens está na postura dos professores da escola exclusiva, que se dispunham a compreendê-los e planejar algo a partir dessa aproximação. Foi assim que os três conseguiram se alfabetizar na escola exclusiva. Entretanto, não têm lembranças de terem sido apresentados a componentes curriculares diferentes da alfabetização, do letramento e das operações básicas matemáticas. Por fim, afirmamos a importância da incorporação, por parte da Academia, de pesquisas que se centrem nas experiências, percepções e pensamentos de pessoas com deficiência, sobretudo quando se trata de avaliação de políticas voltadas para esse segmento populacional. |