Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Zular, André |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-30032017-091337/
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Resumo: |
Os sistemas eólicos na região dos Lençóis Maranhenses no Maranhão, da costa oriental do Rio Grande do Norte e do médio Rio Branco, norte da Amazônia em Roraima, estão sob ação direta da zona de convergência intertropical (ZCIT) As variações da ZCIT controlam a intensidade dos ventos e chuvas nessas regiões, importantes forçantes na dinâmica desses sistemas eólicos, os quais são representados principalmente por campos de dunas Nos campos de dunas do Maranhão e Rio Grande do Norte, adiciona-se a ação das variações do nível relativo do mar (NRM), que afetam a disponibilidade de sedimentos e o nível freático da planície costeira, que por sua vez influenciam a construção e estabilização dunar Depósitos eólicos dunares dessas três áreas foram selecionados para investigar a ação de forçantes climáticas e do NRM na sedimentação eólica durante o Pleistoceno tardio e Holoceno Para tanto, foi utilizada datação por luminescência oticamente estimulada (optically stimulated luminescence, OSL) associada a análises sedimentológicas e geoquímicas de alta resolução em perfis de sucessão de paleodunas Isto permitiu a identificação de períodos de atividade e estabilização do sistema eólico O registro dos Lençóis Maranhenses abrange o último ciclo glacial, com sedimentos eólicos depositados de 132,20 ± 7,00 ka mil anos atrás) até 12,90 ± 0,60 ka Nele, se detecta períodos de formação de dunas durante NRM decrescente e baixo A preservação desses registros entre aproximadamente 71 a 13 ka está relacionada a períodos de maior precipitação durante os eventos Heinrich, quando houve migração persistente da ZCIT para o sul Já o registro do Rio Grande do Norte abrange o período de 78,98 ± 8,30 ka até 0,06 ± 0,01 ka e indica a formação de campos de dunas também em condições de NRM decrescente e baixo, além de campo de dunas formado sob linha de costa transgressiva e clima predominantemente úmido favorecido pela última fase de subida do NRM, entre o último máximo glacial e o Holoceno médio O estudo no Rio Grande do Norte destaca também a influência dos campos de dunas na fisiografia costeira, onde a interação fluvio-eólica proporcionou a formação de lagoas (Lagoa do Boqueirão) no Holoceno Médio Por sua vez, os depósitos eólicos de Roraima abrangem o período de 21,9 ± 1,00 ka até 1,10 ± 0,10 ka e registram o desenvolvimento de campo de dunas a partir de areias do médio Rio Branco, com maior taxa de construção dunar entre o último máximo glacial (23 ka) e o evento climático Heinrich 1 (15 ka), quando a incidência de ventos fortes e pluviosidade reduzida nas baixas latitudes do hemisfério norte estão relacionadas a persistente migração ao sul da ZCIT Os registros dos campos de dunas do MA e RN e RR produzem assim um notável arquivo do efeito das variações da ZCIT e do NRM nos sistemas eólicos das regiões nordeste e norte do Brasil durante o Pleistoceno tardio e Holoceno |