A razão e a ordem: o Bispo José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho e a defesa ilustrada do antigo regime português (1742-1821)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Cantarino, Nelson Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-28082012-121845/
Resumo: Último inquisidor-mor, bispo de Olinda e deputado eleito pelo Rio de Janeiro nas Cortes de Lisboa. A vida e a trajetória de José Joaquim da Cunha Azeredo Coutinho (1742-1821) são conhecidas da historiografia brasileira. Intransigente defensor da ordem estabelecida, Azeredo Coutinho distinguiu-se, inicialmente, com a publicação de memórias econômicas, abordando temas variados que vão desde o preço do açúcar até a defesa da justiça do comércio de escravos africanos; por sua participação no governo da Capitania de Pernambuco e a frente da diocese da cidade alentejana de Elvas. Esta pesquisa pretende analisar o pensamento econômico e as concepções políticas de Azeredo Coutinho. Num primeiro momento, faremos uma leitura crítica de seus escritos à luz de sua atuação pública, reconstituindo seus referenciais teóricos e contextualizando-os a partir das questões que ele procurava responder. Neste percurso, teremos sempre em vista sua colaboração com os ministros ilustrados na produção de uma idéia de Império, de inspiração luso-brasileira, em direção a uma solução mais ampla, de caráter imperial. Destacaremos também o caráter reformista de suas idéias e ações. Como inúmeros de seus contemporâneos, Azeredo combateu a secularização buscando manter o passado atual, mas sem propor um retorno a ele. Reformista, acreditava que a destruição das estruturas históricas elaboradas por formas sociais mais antigas levaria a destruição da sociedade no seu caráter moderno. Foi nesse contexto intelectual que Azeredo Coutinho produziu sua defesa das prerrogativas do Trono, da legitimidade da autoridade da Igreja e da atualidade do Sistema Colonial.