Plano de segurança da água: parâmetros indicadores de qualidade da água para abastecimento público e inovações tecnológicas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cruz, Nathalie Hoffert de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3147/tde-31052021-161902/
Resumo: A escassez de água em metrópoles brasileiras tem se agravado em função de características de seu próprio desenvolvimento. A expansão urbana de forma desordenada próxima a mananciais, juntamente com a falta de infraestrutura para estes novos núcleos habitacionais, tem contribuído para a degradação dos mananciais utilizados para abastecimento público. Em razão disto, a população fica mais suscetível às doenças de veiculação hídrica, que implica na necessidade de aprimorar as tecnologias empregadas nos processos de tratamento de água e esgoto afim de promover uma água segura para o abastecimento da população. O presente estudo faz parte do Projeto Conexão Água do Ministério Público Federal e busca observar os sistemas de abastecimento por meio do conceito de múltiplas barreiras, que consiste em analisar o sistema do manancial até a distribuição de água, buscando assegurar a sua qualidade por meio da proteção de mananciais, definição dos padrões de qualidade da água e implantação de sistemas adequados de tratamento; realizar estudo sobre o sistema convencional e os sistemas avançados, de forma a promover o conceito de melhor tecnologia disponível; e desenvolver um método simplificado para a caracterização da qualidade da água a partir de indicadores de controle. Neste método foram adotados os indicadores turbidez, pH, toxicidade química, carbono orgânico total, condutividade elétrica, potencial de inibição enzimática e teste de estrogenicidade e androgenicidade, e avaliando-se a sua eficiência em relação aos padrões da antiga Portaria do Ministério da Saúde nº 2914 de 2011, que foi revogada e incorporada no Anexo XX e XXI da Portaria de Consolidação nº 5 de 2017. Os resultados obtidos neste estudo demonstram que o plano de segurança da água (PSA) possibilita um melhor monitoramento e controle dos sistemas de tratamento. Isto posto, realizou-se o estudo e comparação das legislações brasileiras que tratam da qualidade da água bruta e da água tratada. Nesta análise foi possível verificar que 40 (quarenta) indicadores se repetiam entre as legislações, mostrando que não há necessidade de monitorá-las em ambas as etapas, na água bruta e no pós-tratamento. Além disso, o estudo do PSA demonstrou que as tecnologias atualmente empregadas no Brasil, não são satisfatórias para tratamento de água de mananciais que sofrem impactos das atividades humanas, sejam da área urbana ou rural, ou seja, há a necessidade de aprimoramento das mesmas. Desta forma, foram apresentadas as melhores tecnologias atualmente empregadas para os grupos de compostos orgânicos, inorgânicos, sólidos suspensos e microrganismos, de forma a remover contaminantes emergentes. Por fim, os indicadores de controle propostos se mostram satisfatórios em sistemas onde são empregadas tecnologias avançadas conjuntamente, demonstrando a segurança na simplificação dos padrões de qualidade da água.