Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Catelan, Daniele |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/108/108131/tde-17082018-122200/
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Resumo: |
O absenteísmo, ou seja, a falha no atendimento (FA) ou não atendimento (NA) dos usuários nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) é um assunto de crescente interesse devido ao grande número de pessoas aguardando atendimento e ao contexto econômico atual. A problemática acarreta prejuízos a todos envolvidos, pois prolonga a conclusão diagnóstica, prejudica o tratamento, diminui a produtividade do prestador, causa aumento de tempo na espera por atendimento dos demais usuários e desperdício de recursos públicos. Portanto, o objetivo deste estudo foi compreender os motivos do absenteísmo nos serviços de saúde e as estratégias praticadas para a redução de falhas no atendimento. Trata-se de pesquisa qualitativa, com desenho de estudo de caso descritivo-exploratório, baseado em entrevistas semi-estruturadas e grupo focal. A coleta de dados visou a identificar diferentes opiniões e explicações para o absenteísmo, as estratégias e perspectivas utilizadas pelas equipes de saúde da AME e das secretarias de saúde de quatro municípios. Foram selecionados quatro casos traçadores para evidenciar experiências típicas, ou seja, dois municípios que pudessem demonstrar uma dinâmica mais exitosa no controle do absenteísmo e outros dois representantes de experiências menos exitosas. A análise permitiu representar o perfil dos serviços locais \"em situação\", discutindo estratégias, processos de trabalho, facilidades e dificuldades. Foi possível evidenciar as diferentes características e fluxos nos quatro municípios estudados, bem como a pequena ou inexistente discussão sobre o absenteísmo. Durante as entrevistas, nenhum dos entrevistados sabia ao certo a taxa de falha de atendimento e demonstraram-se surpresos quando informados de que são em média 560 consultas especializadas perdidas por mês. Todos concordaram que devem ser adotadas estratégias de prevenção ao absenteísmo, e, principalmente, esses dados devem ser divulgados à população. Concordaram ainda que outros setores podem e devem ser copartícipes na efetivação de uma rede local de atenção à saúde, no registro do fluxo dos usuários, utilizando diferentes espaços para a promoção da frequência ao atendimento e educação em saúde. Foram compartilhadas várias estratégias e propostas de mudança para reorganização municipal e alteração nos fluxos de trabalho, bem como comunicação entre os serviços e os usuários. Este estudo proporcionou a oportunidade de discussão entre os envolvidos no processo de acesso aos serviços de saúde do AME Araçatuba. Permitiu a reflexão sobre responsabilidades e papéis dos atores no processo. O folder produzido a partir desta pesquisa e apoiado pela revisão bibliográfica será utilizado na capacitação de profissionais, com a finalidade de subsidiar o planejamento em saúde e melhorar a assistência proposta ao usuário do SUS. |