Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Jongh, Carolina Alves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-13122018-171938/
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Resumo: |
Com a intenção de contribuir para os estudos na temática da liderança sob a perspectiva das relações que se estabelecem em organizações sociais, essa pesquisa trata de transformações psíquicas e sociais a partir da lógica do cotidiano e das histórias cruzadas de pessoas que lidam diariamente com as consequências das desigualdades sociais em suas vidas. Tendo como primeiro plano as histórias e perspectivas de cinco mulheres de dois empreendimentos solidários da cidade de São Paulo, o Ângela de Cara Limpa e a União Popular de Mulheres do Campo Limpo e Adjacências, o processo foi sendo elaborado ao longo das interações que se estabeleceram entre nós. A pesquisa foi realizada a partir de entrevistas e observação participante e a perspectiva adotada na análise foi a das singularidades de cada história e de cada empreendimento. Essas histórias, ainda que únicas, permitem observar situações e sentimentos, bem como transformações e possibilidades de futuro, marcados por diversas contradições. As reflexões tratam de quatro principais tópicos de análise: identidade, Economia Solidária, reconhecimento e liderança. A identidade é observada como um processo permanente de formação e transformação, a partir de condições materiais e históricas dadas. Nessas condições, desigualdade social e desigualdade de gênero são marcadores presentes, influenciando constantemente nas percepções individuais, coletivas e nas tomadas de decisão em relação a suas vidas. A Economia Solidária surge como uma alternativa à falta de emprego, renda e qualidade de vida. Embora a busca primeira a essas organizações seja pela renda, é a solidariedade que se mostra mais presente nas histórias. A solidariedade também é um dos muitos aspectos que favorece a luta pelo reconhecimento no processo de busca de pertencimento na sociedade. A reinvindicação de direitos e sentir-se entre iguais, são alguns dos fatores que aparecem na luta por reconhecimento dessas mulheres. Por fim, as lideranças mostram-se não como a única fonte de inspiração e manutenção dessas iniciativas sociais, mas são fundamentais, deixando suas marcas e inspirações, e sendo marcadas e inspiradas por outros, num processo de construção constante. Mais do que buscar direções únicas, essa pesquisa traz possibilidades e perspectivas para a atuação com comunidades e mulheres. As conclusões e recomendações para o campo apontam a perspectiva das relações e do compromisso na busca pela redução das desigualdades sociais |