Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Ricardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-03082023-181222/
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Resumo: |
A partir do estudo do repertório da companhia Homens do Rei, composto por textos dramáticos redigidos por William Shakespeare (1564-1616), John Fletcher (1579-1625) e outros dramaturgos coetâneos, este trabalho pretende examinar a representação das relações diplomáticas entre Inglaterra e Espanha no reinado de Jaime I (1603-1625). No período regido por Elisabete I (1558-1603), a Guerra Anglo-Espanhola (1585-1604) e a tentativa de ataque da Invencível Armada (1588) geraram certa hispanophobia em todo o reino. A paz estabelecida em 1604, e a perene linha diplomática pró-Habsburgo adotada por Jaime, encontraram resistência em facções da corte e outros segmentos sociais que viam com desconforto a aproximação do antigo inimigo. Diferentes eventos que envolveram ambas as Coroas aprofundaram essa tensão, destacando-se a Conspiração da Pólvora (1605), a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) e a negociação pela união dinástica entre as duas famílias reais, conhecida como Casamento Espanhol. Por meio da análise das peças, levando em conta as técnicas retóricas, dispositivos de composição, tipologia de personagens ibéricos, e apropriações da literatura do Siglo de Oro, esta Tese investiga como a companhia pode ter se posicionado em meio ao fogo cruzado entre o Rei e os súditos refratários à Monarquia Hispânica, explorando a amplidão do poder de comunicação política particular ao palco. |