Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Murari, Carla Porto Cunha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-12092019-182536/
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Resumo: |
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o aleitamento materno é recomendado de forma exclusiva até os seis meses de vida da criança e complementado até dois anos ou mais, devido aos diversos benefícios para a criança, mulher, família e para a sociedade. Contudo, essa prática persiste como uma preocupação para a saúde pública, já que as prevalências não atingem o recomendado. Considerando a idade materna como um dos fatores que levam ao desmame precoce, é importante compreender as particularidades das mães adolescentes para a realização da alimentação de seus filhos, comparadas às mães adultas, já que algumas práticas podem levar ao desmame precoce. Assim, o objetivo desta pesquisa foi compreender os motivos alegados pelas mães adolescentes e adultas para a introdução precoce de alimentos na dieta da criança. Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo, observacional e analítico, realizado no alojamento conjunto da Santa Casa de Misericórdia de Franca/SP. A coleta de dados foi realizada no período de outubro de 2016 a outubro de 2017 e foram utilizados dois instrumentos: o primeiro consistiu na utilização dos dados de identificação disponíveis na maternidade - características sociodemográficas, obstétricas e de início da amamentação; o segundo, informações sobre a alimentação oferecida à criança pela sua mãe, por meio de contato telefônico em 30, 90 e 180 dias pós-parto. Os dados foram analisados com o programa estatístico R, versão 3.4.2. Para todas as análises estatísticas foram considerados significativos valores de p < 0,05. Participaram do estudo 545 mulheres, sendo 103 adolescentes e 442 adultas. Aos 30 dias após o parto, 48,5% das adolescentes e 61,1% das adultas estavam realizando aleitamento materno exclusivo (AME) (p = 0,004). Aos 90 dias, 21,4% das adolescentes e 40,7 % das adultas estavam em AME (p = 0,000) e, aos 180 dias, 10,7% das adolescentes e 16,1% das adultas estavam em AME, embora este último resultado não seja estatisticamente significativo. No que se refere ao tempo médio final de AME, as adolescentes tiveram uma média de 61,83 dias e as adultas 83,65 dias de amamentação exclusiva (p = 0,03). Em relação aos motivos que as mulheres introduzem alimentos na dieta das crianças, verificou-se que: com 30 dias as adolescentes alegaram como motivos para introdução de chá as orientações médica e/ou da família e, entre as adultas, os motivos foram relacionados à criança (p = 0,001). Com 90 dias em relação à introdução de água e chá, os motivos das adolescentes foram relacionados à orientação médica e/ou familiar e os motivos das mães adultas foram relacionados à criança (p = 0,004 para água e p = 0,000 para chá). Com 180 dias em relação à introdução de outro leite, tanto as adolescentes quanto as adultas alegaram que os motivos foram relacionados ao desejo da própria mulher (p = 0,03). O estudo mostrou que com 30 e 90 dias após o parto, as adolescentes alegam motivos que não são os mesmos que as adultas para a introdução de água e chá na dieta da criança, o que chama a atenção para a importância das orientações diferenciadas para as adolescentes, que buscam em outras pessoas as informações relacionadas à alimentação da criança. Portanto, os profissionais de saúde devem ser preparados para lidar com as especificidades das adolescentes. Além disso, sugere-se que as famílias sejam contempladas juntamente com as adolescentes nos momentos de orientação sobre a alimentação da criança pequena, já que serão a referência a ser seguida pelas adolescentes em sua vida diária |