Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Simone Guerra |
Orientador(a): |
Bosa, Vera Lúcia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/239162
|
Resumo: |
Introdução: A inatividade física, a alimentação não saudável, o consumo de álcool e o fumo durante a gestação podem estar associados com desfechos perinatais desfavoráveis, entre eles o desmame precoce. No entanto, as evidências são escassas e por vezes inconsistentes a respeito desse tema. Objetivo: Avaliar a associação entre fatores relacionados ao estilo de vida durante a gravidez e a interrupção da amamentação aos seis meses de vida do bebê. Métodos: Estudo de coorte realizado entre 2018 e 2020, em uma maternidade referência no Rio Grande do Sul. As mulheres foram selecionadas aleatoriamente e entrevistadas no pós-parto imediato e aos 180 dias de vida do bebê. O estilo de vida foi mensurado pela prática de atividade física através do IPAQ curto, pela alimentação - que foi caracterizada através da adesão aos três padrões alimentares obtidos a partir de análise de componentes principais (não saudável, saudável e rico em carnes com gordura aparente) - pelo tabagismo e pelo consumo de álcool. Regressão de Cox entre as variáveis do estilo de vida e a interrupção do aleitamento materno aos 180 dias foi utilizada para estimar os Hazard Ratios brutos e ajustados. Resultados: Foram analisadas 650 mulheres, com idade média de 27,8 (±5,9) anos, 54,5% com cor de pele branca e 41,6% haviam interrompido a amamentação aos 180 dias após o parto. Houve maior frequência de desmame entre os bebês que receberam fórmula infantil na maternidade. As mulheres que praticaram mais de 150 minutos semanais de caminhadas de deslocamento ou esportes durante a gestação apresentaram um risco 23% menor de interrupção da amamentação (HR 0,77; IC 95% 0,60 – 0,99), ajustando-se para variáveis sociodemográficas e paridade. Quando ajustado para as variáveis recebimento de fórmula na maternidade, tipo de parto, peso ao nascer, contato pele a pele, amamentação na primeira hora de vida e IMC pré-gestacional, essa associação perdeu a significância estatística. A adesão aos diferentes padrões alimentares, o consumo de álcool e o fumo não apresentaram associação significativa com o desmame. Conclusão: As mulheres que se mantiveram ativas durante a gestação parecem ter uma tendência à proteção em relação à interrupção da amamentação, quando comparadas às insuficientemente ativas. Entretanto, essa associação não manteve significância estatística em todos os modelos de ajuste. |