Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Cabral, Paulo Emilio Pessoa Lustosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-29092015-172543/
|
Resumo: |
O presente trabalho tem como objetivo a compreensão da temática polissêmica da preguiça a partir do referencial teórico da psicanálise. Com a articulação de algumas figuras específicas da preguiça a preguiça-tristeza, a preguiça-heroica e a preguiça-onírica busca-se identificar as relações e os elementos em comum desses fenômenos. Assim, nessa pesquisa confronta-se a preguiça com alguns temas que ajudam a compor o seu significado;a articulação dessa dinâmica em eixos específicos se constrói, ao mesmo tempo, sobre o fundo polissêmico da preguiça, de forma a compor o seu significado segundo as relações que podem ser verificadas da interação entre as figuras e o fundo. A preguiça-tristeza foi uma figura investigada em sua relação com o pecado capital do cristianismo denominado até pelo menos o século XIII como acídia e com a melancolia, tal como descrita na teoria freudiana. A preguiça-heroica, por sua vez, abre a articulação com o universo do trabalho e das utopias, na tentativa de mostrar a existência de uma noção de preguiça que não é avessa à criatividade e à vida, senão à servidão e ao trabalho forçado. Em ambas essas figuras, percebe-se a existência da repetição de dois elementos em comum na preguiça, identificados a partir do referencial teórico adotado, a saber, a fantasia e a regressão. No estudo desses recortes procura-se delimitar alguns conceitos psicanalíticos e a maneira que a psicanálise entende o desenvolvimento do sentido de realidade, de forma a tecer considerações metapsicológicas sobre o assunto. Nesse sentido, o estudo da fantasia e dos princípios do funcionamento psíquico se articulam com algumas considerações a respeito da noção de realidade e das maneiras pelas quais é possível alterá-la. Por último, observa-se a preguiça-onírica como a emergência do exagero cômico da ociosidade festiva, configurando-se como uma fantasia preguiçosa que só pode se formar em momentos de preguiça. Formulação esta, que, aproximada da articulação psicanalítica entre a necessidade do sono para a existência do sonho, possibilita a investigação a respeito do caráter regressivo da preguiça. Nesse último recorte, a regressão é discutida com um enfoque na sua aparição na clínica, no sentido de observar como a preguiça pode ser entendida e manejada nesse dispositivo. Apesar da tentativa de delimitação e do recorte do argumento, considerações pertinentes a uma figura ou eixo surgem nos demais e a forma ensaio é a tentativa de organizar, na forma de um texto, a variedade de significados que esse tema adquire |