Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Strasser, Marc |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9138/tde-05082011-185332/
|
Resumo: |
Introdução: A família Passifloraceae se destaca dentre os principais grupos de plantas nativas utilizadas na medicina popular brasileira. Este trabalho descreve a química e farmacologia de Passiflora serratodigitata L. Objetivos: Determinar os principais grupos de substâncias ativas, quantificar flavonóides, estabelecer um perfil cromatográfico em cromatografia líquida (CLAE), estudar as atividades antiúlcera, anti-inflamatória e antioxidante do extrato bruto e frações de Passiflora serratodigitata, e comparar a atividade antiúlcera com uma formulação nanoencapsulada. Material e Métodos: Folha e caules secos de P. serratodigitata foram fornecidos pelo Instituto Agronômico de Campinas. O extrato bruto (EB) foi preparado por maceração seguida de percolação, e foi fracionado por partição líquido-líquido nas frações hexano, diclorometano, acetato de etila e aquosa. A triagem fitoquímica se direcionou para os principais grupos químicos relatado na família. O perfil cromatográfico para flavonóides foi realizado em cromatografia em camada delgada e CLAE. A quantificação de flavonóides foi determinada por espectrofotometria. As atividades anti-inflamatória e antiúlcera foram estudada em ratos Wistar. O modelo de úlcera aguda contou com lansoprazol como controle e os resultados foram analisados pelos softwares ImageProPlus® e XLStat®. A quantificação de flavonóides foi realizada em espectrofotômetro. A atividade antioxidante foi avaliada pela redução do DPPH. A formulação nanoparticulada foi caracterizada físico-quimicamente (tamanho de partícula, distribuição, potencial Zeta e eficiência de encapsulamento), e foi realizada uma comparação entre a atividade antiúlcera das nanopartículas com seus respectivos extratos não encapsulados. Resultados: A triagem fitoquímica revelou a presença de alcalóides, flavonóides e taninos. Os perfis cromatográficos apresentaram a presença de vários flavonóides, com predomínio na fração acetato de etila, e revelaram a presença de cinco compostos majoritários. Um destes compostos foi isolado, e apresentou estrutura semelhante ao neoflavonóide seratina, encontrada em literatura. A atividade anti-inflamatória apresentou resultado significativo apenas na dose de 400 mg/kg de EB, mas nenhum dos mediadores inflamatórios estudados foi inibido. A atividade antioxidante apresentou resultados satisfatórios, sendo a fração acetato de etila e o EB com atividade mais pronunciada, em convergência com a maior quantidade de flavonóides presentes nesses extratos. A atividade antiúlcera apresentou resultados extremamente significativos, com inibição total de úlcera para a fração acetato de etila, uma inibição superior a 70% para o EB e uma dose-dependência de inibição na fração aquosa. As nanopartículas formadas apresentaram distribuição unimodal de tamanho, potencial Zeta favorável e eficiência de encapsulamento superior a 80%. A atividade antiúlcera revelou proteção semelhante em doses dez vezes menores. Conclusões: Passiflora serratodigitata L. possui flavonóides, taninos e alcalóides. O perfil em CLAE acusou a presença de cinco compostos majoritários. O EB e as frações mais ricas em flavonóides apresentaram expressiva atividade gastroprotetora in vivo. As nanocápsulas apresentaram atividade semelhante em doses menores. |