Avaliação da incapacidade de usuários de demanda espontânea em unidades do tipo tradicional e saúde da família no município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ferreira, Fernanda de Assis da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-26042022-164308/
Resumo: Introdução: Um dos maiores desafios atuais para a Atenção Primária à Saúde (APS) é o fenômeno do envelhecimento demográfico da população, que favoreceu o aumento da ocorrência de doenças crônico-degenerativas e incapacidades na população geral, além de elevar a demanda por serviços de saúde. Objetivo: Avaliar a incapacidade dos usuários de demanda espontânea da APS a partir da relação com o tipo de arranjo organizacional assistencial, fatores sociodemográficos, dor musculoesquelética e suas características. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, foram entrevistados indivíduos selecionados a partir da busca por demanda espontânea em dois tipos de arranjo organizacional da APS, o tradicional e a saúde da família. Foram investigadas a incapacidade pelo questionário World Health Organization Disability Assessment Schedule (WHODAS) 2.0 versão 36 itens que possui seis domínios: Cognição, Mobilidade, Auto-cuidado, Relações interpessoais, Atividades de vida e Participação. Os usuários também foram questionados sobre a presença de dor musculoesquelética e as características de intensidade, frequência, duração, número de locais e regiões de dor. Medidas de associação entre preditores e a incapacidade foram feitas com testes estatísticos não paramétricos, foram apresentados modelos de regressão não paramétrica multivariada na população geral e específica de dor no estudo. Resultados: 6,0% da amostra geral tinha nível grave de incapacidade, sendo o domínio Participação o mais prejudicado na amostra (mediana=25,0; IIQ=8,3-41,7). Usuários do arranjo tradicional tiveram mais incapacidade autorrelatada do que os usuários da saúde da família (p<0.001). Em geral, menos anos de vida e menor quintil de renda per capita se associaram a maior incapacidade. A dor mais intensa e em maior número de locais aumentaram o escore de incapacidade em 1,8(IC95%=1,0-2,6) e 6,3(IC95%=0,1-12,2) pontos respectivamente. Conclusão: Verificou-se que os usuários que tinham mais incapacidade buscaram por demanda espontânea unidades do tipo tradicional, tinham menor renda per capita, apresentavam dor musculoesquelética de pior intensidade e em maior número de locais