Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Pupin, Rosimeri Priscila |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-29012015-112155/
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Resumo: |
Esta pesquisa qualitativa etnográfica objetivou descrever as práticas musicais no Ensino Fundamental, após a implantação da Lei 11.769/08 que as tornou obrigatórias. Na revisão de literatura, encontrou-se que a maioria dos estudos enfatiza a preocupação dos autores com a formação musical dos professores, com os conteúdos trabalhados, com a ampliação a apreciação musical dos alunos, influenciada pela mídia e com contribuição na formação de um pensamento crítico. Como instrumento de coleta de dados foi utilizada a entrevista semiestruturada com 30 professores de música de Ensino Fundamental, em escolas estaduais da cidade de Ribeirão Preto. Foram realizadas duas entrevistas de 60 minutos, com três temas em cada uma. A partir da análise de conteúdo, encontrou-se seis agrupamentos gerais para as diversas classes de categorias. O primeiro agrupamento foi a falta de conteúdos musicais durante a formação dos professores que são licenciados em Pedagogia e mesmo em Arte, o que acarreta em grande dificuldade para que as práticas musicais na sala de aula possam ser enfrentadas com segurança e evidencia a necessidade de um especialista para trabalhar com a música na escola. O segundo agrupamento se referiu ao uso da música como parte de atividades programadas pela escola ou pela rede estadual de ensino, no qual os professores relataram a utilização da música para outros fins que não o conhecimento musical e que essa prática é parte da metodologia de ensino imposta pelo Estado, as atividades são efetivas e geram bons resultados, porém não trata a música enquanto área do conhecimento. O terceiro agrupamento geral se referiu aos recursos que o Estado disponibiliza para os professores trabalharem, alguns professores disseram não ter acesso ao material de apoio que é disponibilizado e que a presença de instrumentos musicais ainda não existe nas escolas. O quarto agrupamento se referiu a questões sociais que circundam o aprendizado na escola, no qual os professores relataram que a família está distante da escola, delegando a sua responsabilidade na educação dos filhos e ainda responsabilizando a escola por tal ato. O quinto agrupamento foi o das influências da mídia no universo cultural dos alunos, no qual a maioria dos professores relatou que esta influência favoreceu o interesse dos alunos pela música, ajudou no sentido de que os alunos se abriram para o tema da música, mas acabaram se limitando ao universo imposto e influenciado por ela. E o sexto agrupamento foi o do trabalho no sentido de ampliar o universo musical dos alunos, sendo que alguns professores vêm tentando ampliá-lo, partiram de conteúdos que os alunos trazem para a sala de aula e desenvolveram práticas para sua ampliação. Em conclusão, pode-se dizer que falta um professor especialista dentro das escolas, pois a formação em Pedagogia ou Arte não foi suficiente para propiciar um ensino de música tal como exigido pelo dispositivo legal, o que vem acarretando sérias dificuldades para os docentes não qualificados, além de desvios das finalidades previstas, com o agravante de o Estado não estar disponibilizando nem o equipamento mínimo necessário a este tipo de ensino. |