Investigação da presença do retrovírus da Reticuloendoteliose aviária (REV) e do anticorpo IgG do vírus Oeste do Nilo (WNV) em aves

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Caleiro, Giovana Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/99/99131/tde-04092018-090320/
Resumo: As aves podem carregar um grande número de patógenos. As aves migratórias, por viajarem longas distâncias, são as principais responsáveis pela disseminação de agentes infecciosos. Entre os agentes, destacam-se os vírus, como por exemplo o retrovírus da Reticuloendoteliose aviária (REV), amplamente distribuído; e o vírus da febre do Oeste do Nilo (WNV), uma virose reemergente, com caráter zoonótico. Os principais sintomas da Reticuloendoteliose aviária incluem anemia, doença de Runting e síndrome não neoplásica aguda. Já o agente etiológico da Febre do Nilo Ocidental, é o Flavivirus West Nile (WNV).. As aves são seus hospedeiros definitivos e os humanos são hospedeiros acidentais, podendo manifestar quadro febril, e em menor porcentagem, meningite e encefalite. Mosquitos dos gêneros Culex e Aedes spp são os principais transmissores do vírus. Ao contrário do REV que não dispõe de evidências de sua circulação no Brasil, há evidências do WNV em aves e equinos e mais recentemente, em humanos. O objetivo desse trabalho foi investigar a presença do REV e do WNV em aves silvestres e de cativeiro da cidade de São Paulo e do Norte do estado do Pará. Sangue, soro e swab de cloaca foram coletados, totalizando mais de 1000 amostras. Através de técnicas moleculares foi possível detectar a presença do REV em 74 amostras (16%), todas do estado do Pará. O sequenciamento parcial dessas amostras e sua filogenia sugeriu que a migração de aves EUA-Brasil possa ter sido a rota utilizada. Através de ELISA anti-IgG de WNV, 4 amostras de São Paulo foram positivas. Apresentamos a primeira evidência do REV no país e sugerimos a presença do WNV no estado de São Paulo.