Análise temporal dos setores de aglomerados subnormais dos censos 2000 e 2010: o estudo de caso da subprefeitura de São Mateus no município de São Paulo-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pedro, Alexandra Aguiar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-29082016-110802/
Resumo: O propósito deste trabalho é investigar as características dos dados sobre aglomerados subnormais, na subprefeitura de São Mateus - município de São Paulo - SP, tendo em vista a realização de análises temporais. Os censos demográficos, por meio dos setores de aglomerados subnormais, são uma importante fonte de dados socioeconômicos e demográficos sobre favelas, coletados periodicamente e disponibilizados pelo IBGE para todos os municípios brasileiros. No entanto, pesquisadores e poder público estão sujeitos às controvérsias metodológicas e questões cartográficas que ainda dificultam o uso dessas informações. No presente estudo, foram identificadas e sistematizadas as características dos aglomerados subnormais. Posteriormente, essas informações foram verificadas quanto à sua ocorrência e significância por meio do estudo de caso, com sobreposição das malhas censitárias dos censos 2000 e 2010, e das bases cadastrais da prefeitura em um sistema de informação geográfica (SIG). Aprimoramentos foram observados nos processos e resultados do censo de 2010, comparado com o censo de 2000. Entretanto, os dados sobre aglomerados subnormais ainda apresentam características que dificultam a realização de análises temporais, destacando-se os seguintes resultados: a) 96,5% dos setores subnormais do estudo de caso, identificados como tal somente em 2010 são constituídos por favelas implantadas até 1999; b) 42,5% dos setores subnormais de 2010 referem-se à novas identificações de favelas em relação a 2000; c) 55% dos setores subnormais identificados em 2010 são resultantes de subdivisão ou agregação dos setores do censo 2000; d) em 26% dos setores subnormais em 2010 há conjuntos habitacionais ou residências não consideradas favelas pela prefeitura; e) três setores subnormais em 2010 não possuem em sua área, favelas cadastradas pela PMSP e quatro favelas cadastradas na PMSP não foram demarcadas como setores subnormais no censo 2010. As contradições nos dados censitários entre 2000 e 2010 e destes em relação às favelas da prefeitura tornam as análises temporais pouco precisas. O fato de que os dados estão agregados em setores que foram muito modificados entre um censo e outro agrava esta situação, na medida em que limita a comparação dos dados entre os períodos.