Controle químico de Sclerotinia sclerotiorum em feijoeiro: ação in vitro sobre o ciclo de vida, ação preventiva e curativa em condições controladas, eficiência e modo de aplicação em campo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Oliveira, Silvânia Helena Furlan de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20200111-142153/
Resumo: O trabalho objetivou verificar a ação in vitro de fungicidas em diferentes etapas do ciclo de vida de Sclerotinia sclerotionum, a ação in vivo em condições controladas e em campo no controle do mofo branco do feijoeiro. A ação in vitro dos fungicidas, nas concentrações de 0,1, 10 e 100 ppm do ingrediente ativo, foi detectada com base na inibição do crescimento micelial de colônias, produção de escleródios, germinação miceliogênica e carpogênica dos escleródios. Em condições controladas, foram avaliadas as seguintes performances dos fungicidas: ação preventiva e curativa em plantas inoculadas pelos métodos de disco micelial em BDA e de palito contaminado; longevidade em folhas inoculadas entre os 0 e 18 dias da pulverização: persistência em folhas que receberam uma chuva simulada de 30 mm em diferentes períodos de tempo após a pulverização; translocação em folhas trifolioladas, cujas plantas foram pulverizadas dirigindo-se apenas às folhas cotiledonares. Em campo, os seguintes parâmetros foram observados: a eficiência de fungicidas aplicados pelo método convencional, o modo de aplicação utilizando diferentes pontas de bico, números e volumes de aplicação, e a técnica da fungigação com o pivô central, visando o controle do mofo branco, em 5, 2 e 2 campos comerciais, respectivamente. Houve ação diferencial dos fungicidas quanto ao crescimento micelial, produção de escleródios, germinação miceliogênica e carpogênica dos escleródios. Em geral, o fungicida fluazinam apresentou melhor fungitoxicidade. Em condições controladas, os fungicidas fluazinarn procymidone, vinclozolin, benomyl, carbendazim, iprodione e fludioxanil + cyprodinil apresentaram ação preventiva e curativa na severidade da doença. Fluazinam mostrou-se com maior longevidade nas folhas e boa persistência sob ação de chuva. No entanto, este não apresentou sistemicidade ou translocação nas folhas, quando comparado a procymidone, vinclozolin, benomyl, carbendazim e iprodione, que agiram contra S. sclerotiorum em folhas não tratadas, posicionadas imediatamente acima de folhas tratadas. Em campo, os maiores níveis de eficácia no controle do mofo branco foram alcançados com fluazinam seguido de procymidone, vinclozolin, benomyl e carbendazim, pulverizados no pré-florescimento (estádio R5) e no florescimento (estádio R6). O uso de fungicidas proporcionou aumento de produtividade na cultura. Correlação entre os testes in vitro e in vivo nem sempre foi encontrada. Por exemplo, os triazóis e o prochloraz foram altamente fungitóxicos in vitro, porém ineficientes em campo. Houve efeito de pontas de bicos, números e volumes de pulverizações, sendo o jato plano melhor que o cônico e duas pulverizações melhor do que uma para o controle da doença. Além disso, o jato plano duplo foi melhor que o cônico e o volume de calda de 1000 L/ha melhor que 500 L/ha em relação ao rendimento da cultura. A técnica da fungigação utilizando o pivô central, mostrou-se promissora no controle do mofo branco do feijoeiro, permitindo a redução da entrada de máquinas e portanto, os danos à cultura, principalmente nos estádios de intensa vegetação e presença de flores.