Avaliação in vitro da associação farmacológica entre Genisteína e quimioterápicos no tratamento de câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bezerra, Patrícia Heloise Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60135/tde-21092021-054801/
Resumo: O câncer de mama é a neoplasia que mais acomete e a que mais mata mulheres no mundo. A abordagem terapêutica primária para este tipo de câncer na rede pública brasileira se dá através dos moduladores seletivos de receptores de estrógeno (SERMs), como o Tamoxifeno, e dos inibidores da enzima aromatase (IAs), como o Exemestano, Anastrozol e Letrozol. A grande problemática para esses tratamentos é o desenvolvimento de carcinomas resistentes à terapia convencional. Logo, a Genisteína, fitoestrógeno presente na soja, vem mostrando resultados antitumorais promissores. A fim de elucidar se a Genisteína possui efeito benéfico quando associada a esses quimioterápicos, esse trabalho se propôs a estudar o efeito combinado destes compostos através dos parâmetros de viabilidade celular, combinação farmacológica, progressão de ciclo celular, ativação de morte celular (apoptose, necrose e autofagia) e número de células-tronco tumorais (CTT) em 3 linhagens de câncer de mama: Luminal (MCF7), que superexpressa HER2 (SKBR3) e Triplo Negativo (MDAMB231), tendo como controle células epiteliais mamárias benignas (MCF10A). Além disso, também foram avaliados os efeitos combinados nas linhagens MCF7aro e LTEDaro, tendo como controle fibrosblastos humanos (HFF1). Dessa forma, os resultados mostraram que a dose de 100μM da Genisteína quando combinada aos metabólitos do Tamoxifeno diminui grandemente o IC50 dos metabólitos frente às linhagens MCF7 e MDAMB231, havendo sinergia, mas não à SKBR3, havendo, ainda, benefícios em relação à linhagem benigna. Assim, há indução de apoptose (vias intrínseca e extrínseca), diminuição de autofagia e maior retenção do ciclo celular nas linhagens tumorais quando tratadas com as combinações. Ainda, a combinação da Genisteína a 1μM potencializou os efeitos do Exemestano, mas não dos outros inibidores de aromatase (Anastrozol e Letrozol), através de promoção da atividade antiproliferativa, mas não pró-apoptótica, na linhagem MCF7aro, mas a isoflavona não mostrou efeitos significativos na linhagem LTEDaro. Finalmente, a combinação do Tamoxifeno e Exemestano com a Genisteína mostra-se um tratamento promissor diante de condições tumorais de mama específicas, tendo o potencial de diminuir os efeitos colaterais promovidos por tais quimioterápicos e alongar o período de não-resistência do tumor ao tratamento, devido à promoção de menores doses de quimioterápico.