O caminho de Compostela: prática da caritas e exercício do poder monárquico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bianco, Mariana Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-14122015-121304/
Resumo: Uma das principais peregrinações da Idade Média, as viagens a Santiago de Compostela foram responsáveis pela criação de rotas que permitissem um deslocamento mais confortável àqueles que seguiam rumo às relíquias do apóstolo. No intuito de atender as privações que estes viajantes apresentavam no decorrer do percurso, estabeleceu-se uma rede de assistência que provesse a eles suas necessidades físicas e espirituais, influência dos ensinamentos bíblicos em relação à caridade, além do incentivo à visitação de santuários menores que se encontravam nas rotas. Hospitalidade iniciada nos mosteiros, logo permitiu o surgimento de ordens religiosas e militares que se destinaram a auxiliar os peregrinos. Reis e nobres também tiveram um papel fundamental na edificação de instalações hospitaleiras, a fim de auxiliar os caminhantes de Deus. Neste sentido, este trabalho propõe uma reflexão acerca da importância que foi dada à assistência aos peregrinos jacobeus durante os séculos XII e XIII, período em que as peregrinações a Compostela encontravam-se em apogeu. A partir de um guia para peregrinos e documentos que demonstram a preocupação monárquica e nobiliárquica em relação a eles, procuraremos analisar como o auxilio ao peregrino foi observado e abordado naquela época e, ainda, o papel de reis e nobres na constituição das instituições de assistência.