Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1997 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Francisco Ferraz Laranjeira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20191108-104857/
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Resumo: |
A Clorose Variegada dos Citros (CVC) é a mais importante doença dos citros no Brasil, mas sua epidemiologia ainda não havia sido estudada. O presente trabalho objetivou a caracterização da dinâmica temporal e espacial da clorose variegada dos citros. Por meio de avaliação de sintomasvisuais, foram mapeados, bimestralmente, onze talhões de laranja-doce cultivares Pera, Hamlin e Natal, em duas fazendas da região norte do Estado de São Paulo, nos municípios de Bebedouro e Colina, no período de setembro de 1994 a março de 1996. Para a avaliação da dinâmica no tempo, os dados de cada avaliação em cada área foram transformados em proporção de plantas sintomáticas e seis modelos com padrão duplo sigmóide foram ajustados aos dados (logístico, monomolecular e Gompertz generalizados de quatro e cinco parâmetros). O modelo logístico de cinco parâmetros foi o que apresentou melhor ajuste, para o período considerado. Tendo apresentado padrão duplo sigmóide, houve diferenças nas taxas de progresso da doença entre as estações do ano. As taxas médias da primavera e verão foram estatisticamente superiores às do outono e inverno, pelo teste Tukey a 5% de probabilidade de erro. Para o estudo da dinâmica espacial, foram aplicadas as seguintes análises: sequências ordinárias; vizinho mais próximo; áreas isópatas; lei de Taylor modificada; índice de dispersão e análise de dinâmica e estrutura de focos. Pelo teste de sequências ordinárias, foi demonstrada a pequena proporção de linhas de plantio com agregação significativa de plantas doentes, indicando ausência de influência de passagem de máquinas na disseminação da doença. O teste do vizinho mais próximo, por meio do índice de Clark & Evans, demonstrou a presença de agregação de plantas doentes quando se considera o talhão como um todo. Da mesma forma, os índices de dispersão e a lei de Taylor modificada apresentaram resultados semelhantes. A análise de áreas isópatas demonstrou, além da agregação de plantas doentes, sua tendência a se localizarem nas bordas dos talhões, notadamente quando na vizinhança de outros talhões contaminados. Foi demonstrada também a ausência de efeito da direção dos ventos predominantes na disseminação da CVC, nos talhões avaliados. A análise de dinâmica e estrutura de focos revelou que o número de focos por mil plantas cresceu com o aumento da incidência da doença, até 30% de plantas com sintomas. A partir de 30%, houve coalescência de focos. Os focos de CVC são em sua maioria isodiamétricos e diminuem sua compacidade conforme a incidência aumenta. O aumento no número médio de plantas por foco seguiu um padrão exponencial e 83% dos focos apresentaram menos de 10 plantas. Em contrapartida, o percentual de focos unitários diminuiu conforme o aumento na incidência. |